Mir tem nova falha no seu sistema de ar

Mir tem nova falha no seu sistema de ar
das agências internacionais

A estação espacial russa Mir teve problemas ontem com o sistema de eliminação de gás carbônico do ar que seus tripulantes respiram, segundo a Nasa (agência espacial dos EUA);. Esse gás é exalado pela respiração e, em excesso no ar, pode causar asfixia. Os níveis adequados de dióxido de carbono no interior da nave estão sendo mantidos por meio de sistemas auxiliares, que utilizam reações com produtos químicos.
A nave cargueiro Progress M-35 acoplou-se ontem com a estação espacial. Os equipamentos de reparos transportados não foram descarregados. A abertura das escotilhas, prevista para hoje, foi adiada para que a tripulação da Mir descanse, segundo a direção do Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia.
A carga de 2,5 toneladas da Progress M-35 contém oxigênio, alimentos, água, combustível, ferramentas e peças para reparos. A acoplagem foi feita automaticamente. Ela começou às 2h59 (hora de Brasília); e durou seis minutos, a cerca de 400 km de altitude, sobre território da Rússia.
Em uma acoplagem anterior, feita manualmente no último dia 25 de junho, outra nave de carga, a Progress M-34, colidiu com o Spektr, um dos seis módulos integrados à Mir. O acidente provocou perfuração no módulo, depressurização do ar e perda de 30% a 40% da reserva de energia da estação.
Entre os componentes levados pela Progress M-35, há uma porta para ser substituída no Spektr, que está isolado desde o acidente. A nave de carga leva também cabos para serem ligados aos painéis solares do módulo. Também danificados, alguns deles deixaram de captar energia solar, que é transformada em eletricidade.
Previstos para 17 e 18 de julho, alguns reparos deverão ser feitos por meio de dois "passeios no espaço" pelos russos Vassili Tsibliev, comandante da missão, e Alexander Lazutkin. O norte-americano de origem britânica Michael Foale ficará a bordo da nave Soiuz TM-25, acoplada à Mir, para ajudá-los em caso de emergência.