Nasa quer fazer novo vôo tripulado ainda neste ano
Administrador diz que problemas serão corrigidos rápido; comandante da Discovery diz estar desapontada
Nasa quer fazer novo vôo tripulado ainda neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos problemas enfrentados no lançamento do Discovery, a Nasa ainda não desistiu de realizar outro vôo de um ônibus espacial até o fim deste ano.
O anúncio partiu de Michael Griffin, administrador da agência espacial americana, em sua primeira entrevista coletiva desde a retomada dos vôos. Ele disse ter escalado uma "equipe de feras" para resolver o problema do desprendimento excessivo de espuma do tanque externo do ônibus.
"Vamos consertar isso num curto prazo e vamos voltar a voar", disse o administrador, enfatizando que, por ora, ainda não houve mudança na agenda dos próximos vôos. "Se pudermos fazer essas coisas e formos bem-sucedidos, vamos pegar uma dessas oportunidades de vôo. Se não, a data irá mudar", afirmou. "Não começamos as coisas presumindo que não vamos conseguir."
Griffin também elogiou a decolagem do Discovery, qualificando o desempenho do veículo e da missão como "melhor que perfeito", exceto pelo problema da espuma, que existe desde o primeiro vôo de um ônibus, em 1981.
Foi um pedaço de espuma sólida _material poroso laranja que recobre o tanque_ do tamanho de uma maleta o gatilho para o acidente com o Columbia, em 1º de fevereiro de 2003. Depois da tragédia, a Nasa redesenhou vários elementos do tanque para reduzir a queda de espuma. Embora não esperasse eliminar o desprendimento, a idéia era que pedaços ameaçadores não caíssem mais.
Griffin admitiu que pelo menos quatro destroços podiam ter danificado o ônibus na última terça-feira, no caso de um choque. Segundo a agência, nenhum deles colidiu com a nave, mas os engenheiros ainda estão por dar o sinal verde para o retorno à Terra.
Ontem, a tripulação do Discovery iniciou o descarregamento dos suprimentos trazidos dentro do módulo de carga Raffaello para a ISS (Estação Espacial Internacional);. Hoje, deve acontecer a primeira das três caminhadas espaciais da missão, a serem conduzidas pelo japonês Soichi Noguchi e pelo americano Stephen Robinson. Entre outras coisas, eles farão inspeções na fuselagem da nave.
Enquanto o trabalho avança no espaço, em terra os engenheiros estudam a viabilidade de estender o vôo em um dia, a fim de preparar a ISS para um período maior sem abastecimento até a ida do próximo ônibus. Por ora, a agenda prevê a volta do Discovery para domingo que vem, 7 de agosto.
Ontem, a comandante do Discovery, Eileen Collins, deu sua primeira entrevista coletiva do espaço. Ela se disse decepcionada com a quantidade de espuma vista se desprender do tanque. "Eu não acho que devemos voar novamente a não ser que façamos algo para impedir que aconteça", ela disse, ao expressar sua fé no programa. "O ônibus deve ser aposentado no fim das contas, mas ainda temos alguns anos neles. Não estou pronta para desistir."
O jornal americano "The New York Times" não compartilha dessa opinião. Ontem, em editorial, o diário sugeriu que talvez, além de arriscados, os ônibus sejam caros demais para que valha a pena deixá-los operando. Seria melhor abandoná-los já.
(SN);
Com agências internacionais
Nasa quer fazer novo vôo tripulado ainda neste ano
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos problemas enfrentados no lançamento do Discovery, a Nasa ainda não desistiu de realizar outro vôo de um ônibus espacial até o fim deste ano.
O anúncio partiu de Michael Griffin, administrador da agência espacial americana, em sua primeira entrevista coletiva desde a retomada dos vôos. Ele disse ter escalado uma "equipe de feras" para resolver o problema do desprendimento excessivo de espuma do tanque externo do ônibus.
"Vamos consertar isso num curto prazo e vamos voltar a voar", disse o administrador, enfatizando que, por ora, ainda não houve mudança na agenda dos próximos vôos. "Se pudermos fazer essas coisas e formos bem-sucedidos, vamos pegar uma dessas oportunidades de vôo. Se não, a data irá mudar", afirmou. "Não começamos as coisas presumindo que não vamos conseguir."
Griffin também elogiou a decolagem do Discovery, qualificando o desempenho do veículo e da missão como "melhor que perfeito", exceto pelo problema da espuma, que existe desde o primeiro vôo de um ônibus, em 1981.
Foi um pedaço de espuma sólida _material poroso laranja que recobre o tanque_ do tamanho de uma maleta o gatilho para o acidente com o Columbia, em 1º de fevereiro de 2003. Depois da tragédia, a Nasa redesenhou vários elementos do tanque para reduzir a queda de espuma. Embora não esperasse eliminar o desprendimento, a idéia era que pedaços ameaçadores não caíssem mais.
Griffin admitiu que pelo menos quatro destroços podiam ter danificado o ônibus na última terça-feira, no caso de um choque. Segundo a agência, nenhum deles colidiu com a nave, mas os engenheiros ainda estão por dar o sinal verde para o retorno à Terra.
Ontem, a tripulação do Discovery iniciou o descarregamento dos suprimentos trazidos dentro do módulo de carga Raffaello para a ISS (Estação Espacial Internacional);. Hoje, deve acontecer a primeira das três caminhadas espaciais da missão, a serem conduzidas pelo japonês Soichi Noguchi e pelo americano Stephen Robinson. Entre outras coisas, eles farão inspeções na fuselagem da nave.
Enquanto o trabalho avança no espaço, em terra os engenheiros estudam a viabilidade de estender o vôo em um dia, a fim de preparar a ISS para um período maior sem abastecimento até a ida do próximo ônibus. Por ora, a agenda prevê a volta do Discovery para domingo que vem, 7 de agosto.
Ontem, a comandante do Discovery, Eileen Collins, deu sua primeira entrevista coletiva do espaço. Ela se disse decepcionada com a quantidade de espuma vista se desprender do tanque. "Eu não acho que devemos voar novamente a não ser que façamos algo para impedir que aconteça", ela disse, ao expressar sua fé no programa. "O ônibus deve ser aposentado no fim das contas, mas ainda temos alguns anos neles. Não estou pronta para desistir."
O jornal americano "The New York Times" não compartilha dessa opinião. Ontem, em editorial, o diário sugeriu que talvez, além de arriscados, os ônibus sejam caros demais para que valha a pena deixá-los operando. Seria melhor abandoná-los já.
(SN);
Com agências internacionais

