Turista espacial chega hoje à ISS
Dennis Tito deve aportar na estação esta manhã, como previsto
Turista espacial chega hoje à ISS
DA REDAÇÃO
A nave russa Soyuz que leva a bordo o milionário californiano Dennis Tito, 60, o primeiro turista espacial , deve atracar à ISS ( Estação Espacial Internacional ); hoje às 7h30 GMT (3h30 em Brasília); sem precisar esperar por uma vaga no estacionamento.
A Nasa, a agência espacial americana, conseguiu ontem resolver os problemas nos computadores da estação , que mantinham o ônibus espacial Endeavour atracado ao complexo. O Endeavour iniciou sua viagem de volta à Terra ontem às 17h33 GMT (13h33 em Brasília);, liberando o atracadouro da ISS para a Soyuz.
Apesar de o "estacionamento" da ISS ter espaço suficiente para que ambas as naves permanecessem ligadas a ela, a Nasa temia que a Soyuz colidisse com o Endeavour durante as manobras de acoplagem. Por isso, havia pedido quinta-feira à Rosviakosmos (a agência espacial russa); que adiasse o lançamento da missão de Tito em pelo menos 48 horas.
A agência russa, que recebeu de Tito uma quantia estimada em US$ 20 milhões pelo passeio, não topou a proposta e mandou a Soyuz para o espaço às 3h37 de sábado (hora de Brasília);, como planejado. Mas aceitou atrasar o acoplamento da nave à estação espacial pelo tempo que fosse necessário para que a tripulação da ISS consertasse os sistemas de comunicação do complexo, em pane desde quarta-feira passada.
Com a saída do ônibus espacial , Tito e seus dois companheiros de viagem, os cosmonautas russos Yuri Baturin e Talgat Musabaiev, poderão desembarcar na ISS no horário planejado.
Anteontem, logo após a decolagem, o turista espacial afirmou que se sentia "bem". Seu programa durante os seis dias que passará no espaço se resumirá a tirar fotos e a registrar suas impressões, enquanto seus colegas russos prepararão a Soyuz TM-31, atualmente atracada à ISS, para o retorno (ela será substituída como módulo de fuga da estação pelo modelo TM-32, que leva o trio);.
O alívio com o conserto não foi só para os russos. Devido a problemas de tempo, a Nasa havia recuado em sua proposta inicial de mandar a bordo da Soyuz um disco rígido com um becape dos sistemas de comunicação e de controle do novo braço mecânico da ISS, de fabricação canadense. A agência espacial dos EUA passou a apostar tudo no pessoal de bordo para resolver o problema.
Temporada aberta
O sucesso da viagem até agora sinaliza a abertura do mercado russo para o turismo espacial . O diretor da Rosviakosmos, Yuri Koptev, confirmou que a Rússia já pôs em marcha negociações para a subida de um segundo amador ao espaço, mas não revelou a identidade do pretendente. "Tenho grandes dúvidas de que possa ser um russo", afirmou.
Segundo a agência de notícias Interfax, a Rosviakosmos estaria discutindo com a Energya, empresa que fabrica as naves Soyuz, quem seriam os próximos da fila.
A decisão pode acirrar ainda mais as rusgas da agência russa com a Nasa, que se negou até o último momento a aceitar o vôo de Tito e que tem insistido que a ISS não é lugar para amadores.
Para os russos, no entanto, a questão é de sobrevivência: sem dinheiro desde a queda da União Soviética, eles apostam no novo turismo para continuar bancando seu programa espacial .
Turista espacial chega hoje à ISS
DA REDAÇÃO
A nave russa Soyuz que leva a bordo o milionário californiano Dennis Tito, 60, o primeiro turista espacial , deve atracar à ISS ( Estação Espacial Internacional ); hoje às 7h30 GMT (3h30 em Brasília); sem precisar esperar por uma vaga no estacionamento.
A Nasa, a agência espacial americana, conseguiu ontem resolver os problemas nos computadores da estação , que mantinham o ônibus espacial Endeavour atracado ao complexo. O Endeavour iniciou sua viagem de volta à Terra ontem às 17h33 GMT (13h33 em Brasília);, liberando o atracadouro da ISS para a Soyuz.
Apesar de o "estacionamento" da ISS ter espaço suficiente para que ambas as naves permanecessem ligadas a ela, a Nasa temia que a Soyuz colidisse com o Endeavour durante as manobras de acoplagem. Por isso, havia pedido quinta-feira à Rosviakosmos (a agência espacial russa); que adiasse o lançamento da missão de Tito em pelo menos 48 horas.
A agência russa, que recebeu de Tito uma quantia estimada em US$ 20 milhões pelo passeio, não topou a proposta e mandou a Soyuz para o espaço às 3h37 de sábado (hora de Brasília);, como planejado. Mas aceitou atrasar o acoplamento da nave à estação espacial pelo tempo que fosse necessário para que a tripulação da ISS consertasse os sistemas de comunicação do complexo, em pane desde quarta-feira passada.
Com a saída do ônibus espacial , Tito e seus dois companheiros de viagem, os cosmonautas russos Yuri Baturin e Talgat Musabaiev, poderão desembarcar na ISS no horário planejado.
Anteontem, logo após a decolagem, o turista espacial afirmou que se sentia "bem". Seu programa durante os seis dias que passará no espaço se resumirá a tirar fotos e a registrar suas impressões, enquanto seus colegas russos prepararão a Soyuz TM-31, atualmente atracada à ISS, para o retorno (ela será substituída como módulo de fuga da estação pelo modelo TM-32, que leva o trio);.
O alívio com o conserto não foi só para os russos. Devido a problemas de tempo, a Nasa havia recuado em sua proposta inicial de mandar a bordo da Soyuz um disco rígido com um becape dos sistemas de comunicação e de controle do novo braço mecânico da ISS, de fabricação canadense. A agência espacial dos EUA passou a apostar tudo no pessoal de bordo para resolver o problema.
Temporada aberta
O sucesso da viagem até agora sinaliza a abertura do mercado russo para o turismo espacial . O diretor da Rosviakosmos, Yuri Koptev, confirmou que a Rússia já pôs em marcha negociações para a subida de um segundo amador ao espaço, mas não revelou a identidade do pretendente. "Tenho grandes dúvidas de que possa ser um russo", afirmou.
Segundo a agência de notícias Interfax, a Rosviakosmos estaria discutindo com a Energya, empresa que fabrica as naves Soyuz, quem seriam os próximos da fila.
A decisão pode acirrar ainda mais as rusgas da agência russa com a Nasa, que se negou até o último momento a aceitar o vôo de Tito e que tem insistido que a ISS não é lugar para amadores.
Para os russos, no entanto, a questão é de sobrevivência: sem dinheiro desde a queda da União Soviética, eles apostam no novo turismo para continuar bancando seu programa espacial .

