Naves de 20 anos continuam montagem da ISS
Naves de 20 anos continuam montagem da ISS
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na Guerra Fria, valia tudo entre americanos e soviéticos para ofuscar o brilho dos feitos um do outro. Na mesma data em que Iuri Gagarin foi ao espaço, 12 de abril, mas 20 anos depois, em 1981, os EUA realizaram a primeira missão de um ônibus espacial .
Agora, enquanto os russos comemoram os 40 anos do primeiro vôo orbital tripulado, os americanos vibram com os 20 anos do ônibus espacial , iniciados com o Columbia _que, embora tenha sido o primeiro a ir ao espaço, não foi a primeira nave do tipo.
Essa honra ficou para o Enterprise, concluído em 1979, que só realizou testes na atmosfera.
Na época, a exploração do espaço era empurrada pela intensa competição entre União Soviética e Estados Unidos. Hoje em dia a competição foi trocada pela cooperação. E é nesse tom que parte o ônibus espacial Endeavour do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na próxima quinta-feira.
A nave leva um módulo italiano e um aparelho canadense para instalação na Estação Espacial Internacional , projeto liderado pelos EUA do qual participam 16 países, incluindo Rússia, Japão, Brasil, Canadá e países europeus.
A tripulação do Endeavour reflete a pluralidade do projeto: um canadense, um italiano e um russo acompanham quatro americanos no veículo.
O módulo Rafaello (assim como seu "irmão" Leonardo, que esteve na última missão); está só de passagem pela estação . Ele serve apenas como um "porta-malas" pressurizado, carregando equipamentos que serão instalados no Destiny, laboratório dos EUA.
Quando voltar à Terra, junto com o Endeavour, ele estará carregado com tudo que a estação estiver despachando para a Terra.
"Mãozinha" canadense
O grande destaque da missão fica mesmo para o braço robótico canadense, o "Canadarm". Ele servirá como futuro construtor da estação , ajudando em atracações e realizando tarefas antes designadas a astronautas em caminhadas espaciais (veja quadro acima);.
O braço terá a capacidade de andar por toda a estação (se fixando em pontos de apoio montados na superfície dos módulos); e movimentar até cem toneladas.
Para realizar as tarefas de instalação de uma antena e do Canadarm, duas caminhadas espaciais estão agendadas. Uma terceira pode acontecer, mas apenas se algo sair errado. "Essa é uma nova fronteira para a robótica espacial . E não temos certeza de que tudo vá funcionar", disse Chris Hadfield, o astronauta canadense que voará no Endeavour, em entrevista publicada no site da Nasa.
Após esse vôo, o passo seguinte na montagem da estação deve acontecer no final do semestre, quando o ônibus espacial Atlantis instalará uma comporta de ar que permitirá aos astronautas da estação realizar caminhadas espaciais (atualmente elas são possíveis apenas do ônibus espacial );.
Ônibus velho
A frota de ônibus espaciais da Nasa é crucial para a montagem da estação , mas seu futuro não é dos mais promissores. Após 20 anos, muitos de seus sistemas já estão obsoletos. Mesmo assim, eles vão ter de ser suficientes.
Com o cancelamento do projeto X-33 _uma nave que substituiria o atual modelo_, parece que Columbia e seus irmãos estarão por um bom tempo na ativa.
Levando isso em conta, o Painel de Recomendações de Segurança Aeroespacial dos EUA está pedindo que a agência já comece a planejar como realizar novas atualizações nas naves para reduzir os riscos para as futuras tripulações. Afinal de contas, muita gente é saudosista do pioneiro vôo do Columbia há 20 anos, mas ninguém gosta de lembrar do Challenger.
(SN);
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Na Guerra Fria, valia tudo entre americanos e soviéticos para ofuscar o brilho dos feitos um do outro. Na mesma data em que Iuri Gagarin foi ao espaço, 12 de abril, mas 20 anos depois, em 1981, os EUA realizaram a primeira missão de um ônibus espacial .
Agora, enquanto os russos comemoram os 40 anos do primeiro vôo orbital tripulado, os americanos vibram com os 20 anos do ônibus espacial , iniciados com o Columbia _que, embora tenha sido o primeiro a ir ao espaço, não foi a primeira nave do tipo.
Essa honra ficou para o Enterprise, concluído em 1979, que só realizou testes na atmosfera.
Na época, a exploração do espaço era empurrada pela intensa competição entre União Soviética e Estados Unidos. Hoje em dia a competição foi trocada pela cooperação. E é nesse tom que parte o ônibus espacial Endeavour do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, na próxima quinta-feira.
A nave leva um módulo italiano e um aparelho canadense para instalação na Estação Espacial Internacional , projeto liderado pelos EUA do qual participam 16 países, incluindo Rússia, Japão, Brasil, Canadá e países europeus.
A tripulação do Endeavour reflete a pluralidade do projeto: um canadense, um italiano e um russo acompanham quatro americanos no veículo.
O módulo Rafaello (assim como seu "irmão" Leonardo, que esteve na última missão); está só de passagem pela estação . Ele serve apenas como um "porta-malas" pressurizado, carregando equipamentos que serão instalados no Destiny, laboratório dos EUA.
Quando voltar à Terra, junto com o Endeavour, ele estará carregado com tudo que a estação estiver despachando para a Terra.
"Mãozinha" canadense
O grande destaque da missão fica mesmo para o braço robótico canadense, o "Canadarm". Ele servirá como futuro construtor da estação , ajudando em atracações e realizando tarefas antes designadas a astronautas em caminhadas espaciais (veja quadro acima);.
O braço terá a capacidade de andar por toda a estação (se fixando em pontos de apoio montados na superfície dos módulos); e movimentar até cem toneladas.
Para realizar as tarefas de instalação de uma antena e do Canadarm, duas caminhadas espaciais estão agendadas. Uma terceira pode acontecer, mas apenas se algo sair errado. "Essa é uma nova fronteira para a robótica espacial . E não temos certeza de que tudo vá funcionar", disse Chris Hadfield, o astronauta canadense que voará no Endeavour, em entrevista publicada no site da Nasa.
Após esse vôo, o passo seguinte na montagem da estação deve acontecer no final do semestre, quando o ônibus espacial Atlantis instalará uma comporta de ar que permitirá aos astronautas da estação realizar caminhadas espaciais (atualmente elas são possíveis apenas do ônibus espacial );.
Ônibus velho
A frota de ônibus espaciais da Nasa é crucial para a montagem da estação , mas seu futuro não é dos mais promissores. Após 20 anos, muitos de seus sistemas já estão obsoletos. Mesmo assim, eles vão ter de ser suficientes.
Com o cancelamento do projeto X-33 _uma nave que substituiria o atual modelo_, parece que Columbia e seus irmãos estarão por um bom tempo na ativa.
Levando isso em conta, o Painel de Recomendações de Segurança Aeroespacial dos EUA está pedindo que a agência já comece a planejar como realizar novas atualizações nas naves para reduzir os riscos para as futuras tripulações. Afinal de contas, muita gente é saudosista do pioneiro vôo do Columbia há 20 anos, mas ninguém gosta de lembrar do Challenger.
(SN);