Bush anuncia hoje plano para base na Lua
Presidente propõe que Nasa comece a preparar viagem a Marte; pesquisa mostra divisão na opinião pública americana Bush anuncia hoje plano para base na Lua
DA REDAÇÃO
O presidente George W. Bush deve apresentar hoje sua visão para o futuro do programa espacial americano, com a retomada de missões tripuladas de exploração lunar como prelúdio de uma visita ao planeta Marte. O anúncio está marcado para ocorrer às 18h (horário de Brasília); na sede da Nasa, em Washington. O projeto foi concebido para reforçar a agência espacial americana, após o desastre com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro do ano passado. A comissão de investigação do acidente concluiu que a Nasa carecia de metas claras para seu programa tripulado. Bush pretende oferecê-las hoje. A idéia é manter a frota atual de naves recuperáveis somente até a conclusão da montagem da ISS (Estação Espacial Internacional);. Depois disso, os três veículos (Atlantis, Discovery e Endeavour); seriam aposentados, e os EUA reduziriam sua participação na manutenção do complexo orbital. Remanejando recursos, a Nasa então daria início a um programa de desenvolvimento de um novo veículo, capaz não só de enviar tripulações à ISS, mas também de promover viagens além da órbita terrestre baixa. O objetivo seria levar astronautas à Lua _desta vez para a construção de uma base em solo lunar.
Bush deve propor um aumento de US$ 800 milhões para o orçamento da Nasa em 2005 (hoje a agência recebe cerca de US$ 15,5 bilhões por ano);, seguido por acréscimos anuais de 5% ao longo dos próximos anos. Os EUA enfrentam hoje uma crise de déficit fiscal, que deve perdurar pelos próximos anos. Ontem, o presidente foi questionado a respeito do anúncio, na Cúpula Extraordinária das Américas, no México. Ele não antecipou nada e foi vago: "O espírito será de exploração contínua e de busca de novos horizontes, investindo num programa que atinja essa meta". País dividido Em ano de eleição presidencial, é difícil não associar a iniciativa de Bush da corrida pela reeleição. Nesse caso, entretanto, não está claro que o novo rumo do programa espacial possa ajudá-lo. Uma pesquisa de opinião pública encomendada pela agência de notícias Associated Press mostra um país dividido em torno da iniciativa. Num total de mil americanos entrevistados, 48% apóiam a idéia _exatamente o mesmo número de opositores. A maioria disse apoiar genericamente o envio contínuo de seres humanos ao espaço. Entretanto, se estivessem entre gastar dinheiro em projetos de educação e saúde ou em pesquisa espacial, 55% deles fariam a primeira opção. Com agências internacionais
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O presidente George W. Bush deve apresentar hoje sua visão para o futuro do programa espacial americano, com a retomada de missões tripuladas de exploração lunar como prelúdio de uma visita ao planeta Marte. O anúncio está marcado para ocorrer às 18h (horário de Brasília); na sede da Nasa, em Washington. O projeto foi concebido para reforçar a agência espacial americana, após o desastre com o ônibus espacial Columbia, em fevereiro do ano passado. A comissão de investigação do acidente concluiu que a Nasa carecia de metas claras para seu programa tripulado. Bush pretende oferecê-las hoje. A idéia é manter a frota atual de naves recuperáveis somente até a conclusão da montagem da ISS (Estação Espacial Internacional);. Depois disso, os três veículos (Atlantis, Discovery e Endeavour); seriam aposentados, e os EUA reduziriam sua participação na manutenção do complexo orbital. Remanejando recursos, a Nasa então daria início a um programa de desenvolvimento de um novo veículo, capaz não só de enviar tripulações à ISS, mas também de promover viagens além da órbita terrestre baixa. O objetivo seria levar astronautas à Lua _desta vez para a construção de uma base em solo lunar.
Bush deve propor um aumento de US$ 800 milhões para o orçamento da Nasa em 2005 (hoje a agência recebe cerca de US$ 15,5 bilhões por ano);, seguido por acréscimos anuais de 5% ao longo dos próximos anos. Os EUA enfrentam hoje uma crise de déficit fiscal, que deve perdurar pelos próximos anos. Ontem, o presidente foi questionado a respeito do anúncio, na Cúpula Extraordinária das Américas, no México. Ele não antecipou nada e foi vago: "O espírito será de exploração contínua e de busca de novos horizontes, investindo num programa que atinja essa meta". País dividido Em ano de eleição presidencial, é difícil não associar a iniciativa de Bush da corrida pela reeleição. Nesse caso, entretanto, não está claro que o novo rumo do programa espacial possa ajudá-lo. Uma pesquisa de opinião pública encomendada pela agência de notícias Associated Press mostra um país dividido em torno da iniciativa. Num total de mil americanos entrevistados, 48% apóiam a idéia _exatamente o mesmo número de opositores. A maioria disse apoiar genericamente o envio contínuo de seres humanos ao espaço. Entretanto, se estivessem entre gastar dinheiro em projetos de educação e saúde ou em pesquisa espacial, 55% deles fariam a primeira opção. Com agências internacionais

