O Congresso brasileiro entrou em órbita
O Congresso brasileiro entrou em órbita
O governo botou no Orçamento uma despesa de R$ 41,5 milhões para financiar a participação brasileira nas experiências da Estação Espacial Internacional da Nasa. Trata-se de um poderoso ervanário, equivalente a mais de um terço do total dos recursos que serão gastos no programa espacial brasileiro.
Pode-se discutir se o Brasil precisa gastar dinheiro em programa espacial . Pode-se também discutir se a melhor maneira de gastá-lo é botando tanto dinheiro num programa americano. O que não faz sentido é que essa política seja conduzida como um ato imperial do Planalto, sem discutir o assunto com o Congresso (leia-se medo da bancada do PT);.
FFHH firmou um acordo com o governo americano pelo qual a base de Alcântara fica sob administração compartilhada. Admitiu-se, por exemplo, que certas áreas da base serão povoadas exclusivamente por pessoal americano. Essa situação joga sobre Alcântara uma fumaça parecida, em ponto menor, com o trato se fez nos anos 50 em torno da estação de comunicações que os americanos construíram em Fernando de Noronha.
O Orçamento informa também que a Viúva colocará R$ 17,6 milhões nas obras de infra-estrutura de Alcântara. O dinheiro que se vier a ganhar com o lançamento de satélites privados a partir da base não poderá ser usado pelo Brasil no desenvolvimento de seus próprios foguetes. Além disso, os EUA terão o direito de vetar lançamentos de países que julguem inconvenientes.
Não há motivo para produzir ataques de nervos por conta desse trato. O medo de que os americanos venham para cá sugar riquezas e interesses brasileiros é um exercício tardio de nacionalismo antropofágico. Está certo que o governo brasileiro não tenha medo dos Estados Unidos, mas fica-lhe muito mal fazer acordos internacionais por baixo da mesa, por medo do Congresso Nacional.
O governo botou no Orçamento uma despesa de R$ 41,5 milhões para financiar a participação brasileira nas experiências da Estação Espacial Internacional da Nasa. Trata-se de um poderoso ervanário, equivalente a mais de um terço do total dos recursos que serão gastos no programa espacial brasileiro.
Pode-se discutir se o Brasil precisa gastar dinheiro em programa espacial . Pode-se também discutir se a melhor maneira de gastá-lo é botando tanto dinheiro num programa americano. O que não faz sentido é que essa política seja conduzida como um ato imperial do Planalto, sem discutir o assunto com o Congresso (leia-se medo da bancada do PT);.
FFHH firmou um acordo com o governo americano pelo qual a base de Alcântara fica sob administração compartilhada. Admitiu-se, por exemplo, que certas áreas da base serão povoadas exclusivamente por pessoal americano. Essa situação joga sobre Alcântara uma fumaça parecida, em ponto menor, com o trato se fez nos anos 50 em torno da estação de comunicações que os americanos construíram em Fernando de Noronha.
O Orçamento informa também que a Viúva colocará R$ 17,6 milhões nas obras de infra-estrutura de Alcântara. O dinheiro que se vier a ganhar com o lançamento de satélites privados a partir da base não poderá ser usado pelo Brasil no desenvolvimento de seus próprios foguetes. Além disso, os EUA terão o direito de vetar lançamentos de países que julguem inconvenientes.
Não há motivo para produzir ataques de nervos por conta desse trato. O medo de que os americanos venham para cá sugar riquezas e interesses brasileiros é um exercício tardio de nacionalismo antropofágico. Está certo que o governo brasileiro não tenha medo dos Estados Unidos, mas fica-lhe muito mal fazer acordos internacionais por baixo da mesa, por medo do Congresso Nacional.

