Astronautas salvam o novo painel solar
Equipe da Endeavour conserta 'asa' da estação espacial ; tripulação fixa teve atrito com controladores russos em terra
Astronautas salvam o novo painel solar
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O dia não foi fácil para os astronautas do ônibus espacial Endeavour, responsáveis pela instalação dos grandes painéis solares da ISS ( Estação Espacial Internacional );. Eles tiveram de dedicar parte da terceira e última caminhada espacial para corrigir um problema que ameaçava a integridade da recém-instalada "asa" solar direita.
O problema surgiu já na extensão do painel, domingo. A tarefa foi realizada muito depressa, e os cabos, destinados a manter a estrutura de 35 metros fixa e esticada, soltaram-se dos carretéis.
Dois astronautas, Carlos Noriega e Joe Tanner, precisaram escalar ontem os 27 metros da "Torre de Energia" (Segmento P-6); para colocar os cabos no lugar.
No topo, a ameaça de eletrocução pairava sobre eles. Havia risco, ainda que pequeno, de descargas elétricas no manuseio dos cabos. Nada disso aconteceu.
A dupla fez uso de ferramentas para conseguir recolocar os cabos. A tarefa consumiu pouco mais de uma hora. A Nasa (agência espacial dos EUA); estimava três horas para os reparos.
Graças à diligência dos astronautas, outros objetivos originais da caminhada também puderam ser executados. As metas eram instalar um monitor de eletricidade estática e reconectar cabos para uma câmera que será usada para facilitar a instalação do módulo Destiny (o primeiro laboratório da estação );, em janeiro.
Sem o conserto, havia risco de danos permanentes no sistema de painéis _que custou US$ 600 milhões aos EUA_, em razão dos movimentos da estação durante os procedimentos de atracação e desatracação de naves.
Cooperação e broncas
Durante toda a missão, a equipe de controle da Nasa tentou cooperar com os astronautas da Endeavour, chegando até a simular em tanques d'água as atividades dos astronautas, para ajudá-los a calibrar as ferramentas.
O mesmo tratamento, entretanto, não tem sido dado à primeira tripulação fixa da ISS, apelidada de "Expedição Um". Os três moradores da estação tiveram de instalar um novo aparelho de ar-condicionado e consertar uma unidade que remove o gás carbônico de dentro dos módulos.
Como os sistemas fazem parte do módulo russo Zvezda, a tripulação da estação _composta pelo norte-americano Bill Shepherd e pelos russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko_ teve de lidar com os controladores da agência espacial russa, que deram uma bronca nos astronautas por terem montado um sistema alternativo para retirar o gás carbônico do ar.
"Vocês poderiam ter estragado o equipamento", protestou um controlador russo. "Temos de respirar com alguma coisa", rebateu o cosmonauta Krikalev.
Segundo Shepherd, comandante da estação , a tripulação tem vivido dias difíceis. Ele define o problema principal como a dificuldade de "encaixar 30 horas de trabalho em um dia de 18 horas".
"Eles estimam que uma atividade dure uma hora e nós sabemos que levará cinco", diz Gidzenko. As duas tripulações devem ter o primeiro encontro pessoal hoje.
Astronautas salvam o novo painel solar
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O dia não foi fácil para os astronautas do ônibus espacial Endeavour, responsáveis pela instalação dos grandes painéis solares da ISS ( Estação Espacial Internacional );. Eles tiveram de dedicar parte da terceira e última caminhada espacial para corrigir um problema que ameaçava a integridade da recém-instalada "asa" solar direita.
O problema surgiu já na extensão do painel, domingo. A tarefa foi realizada muito depressa, e os cabos, destinados a manter a estrutura de 35 metros fixa e esticada, soltaram-se dos carretéis.
Dois astronautas, Carlos Noriega e Joe Tanner, precisaram escalar ontem os 27 metros da "Torre de Energia" (Segmento P-6); para colocar os cabos no lugar.
No topo, a ameaça de eletrocução pairava sobre eles. Havia risco, ainda que pequeno, de descargas elétricas no manuseio dos cabos. Nada disso aconteceu.
A dupla fez uso de ferramentas para conseguir recolocar os cabos. A tarefa consumiu pouco mais de uma hora. A Nasa (agência espacial dos EUA); estimava três horas para os reparos.
Graças à diligência dos astronautas, outros objetivos originais da caminhada também puderam ser executados. As metas eram instalar um monitor de eletricidade estática e reconectar cabos para uma câmera que será usada para facilitar a instalação do módulo Destiny (o primeiro laboratório da estação );, em janeiro.
Sem o conserto, havia risco de danos permanentes no sistema de painéis _que custou US$ 600 milhões aos EUA_, em razão dos movimentos da estação durante os procedimentos de atracação e desatracação de naves.
Cooperação e broncas
Durante toda a missão, a equipe de controle da Nasa tentou cooperar com os astronautas da Endeavour, chegando até a simular em tanques d'água as atividades dos astronautas, para ajudá-los a calibrar as ferramentas.
O mesmo tratamento, entretanto, não tem sido dado à primeira tripulação fixa da ISS, apelidada de "Expedição Um". Os três moradores da estação tiveram de instalar um novo aparelho de ar-condicionado e consertar uma unidade que remove o gás carbônico de dentro dos módulos.
Como os sistemas fazem parte do módulo russo Zvezda, a tripulação da estação _composta pelo norte-americano Bill Shepherd e pelos russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko_ teve de lidar com os controladores da agência espacial russa, que deram uma bronca nos astronautas por terem montado um sistema alternativo para retirar o gás carbônico do ar.
"Vocês poderiam ter estragado o equipamento", protestou um controlador russo. "Temos de respirar com alguma coisa", rebateu o cosmonauta Krikalev.
Segundo Shepherd, comandante da estação , a tripulação tem vivido dias difíceis. Ele define o problema principal como a dificuldade de "encaixar 30 horas de trabalho em um dia de 18 horas".
"Eles estimam que uma atividade dure uma hora e nós sabemos que levará cinco", diz Gidzenko. As duas tripulações devem ter o primeiro encontro pessoal hoje.

