Ônibus de SP usarão combustível da Nasa
Veículos serão movidos a energia elétrica, produzida por hidrogênio, e devem estar em testes em 18 meses
Ônibus de SP usarão combustível da Nasa
ROGÉRIO GENTILE
enviado especial a Stuttgart
O governo brasileiro vai iniciar estudos com o objetivo de utilizar um combustível não poluente _o gás hidrogênio_ nos ônibus da cidade de São Paulo.
Hidrogênio é o mesmo combustível utilizado pelas naves Apolo e Gemini, do programa espacial da Nasa (Admnistração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA);.
Os estudos serão financiados, parcialmente, pelo Penud (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento);, que destinou cerca de R$ 340 mil ao projeto.
O convênio deverá ser assinado pelo ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito (PFL);, no próximo mês, em Brasília.
Dentro de 18 meses, os primeiros modelos deverão estar rodando na cidade (em fase de testes);, segundo o responsável pelo programa, Demóstenes Barbosa da Silva, diretor-adjunto do Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica.
O veículo deverá ser semelhante a um novo ônibus apresentado pela Mercedes-Benz, no dia 26 de maio em Stuttgart, na Alemanha (leia texto abaixo);.
Em agosto, o responsável pelo projeto da multinacional alemã, Ferdinand Panik, deve vir ao Brasil para apresentar o modelo ao governo brasileiro.
Combustível ecológico
''O hidrogênio é um combustível ecológico. O impacto será muito positivo numa metrópole como São Paulo'', diz o diretor.
Circulam hoje por São Paulo 10.800 ônibus, sendo quase todos movidos a diesel (há 500 trólebus e 130 a gás natural);.
O ônibus a diesel emite 540 mg/km de monóxido de carbono (CO); e 230 mg/km de hidrocarbonetos (HC); e 30 mg/km de dióxido de enxofre (SO2);.
No motor a hidrogênio, a emissão é zero. ''É a solução para a questão ambiental'', afirma Oscar de Lima e Silva, da Agência para Aplicação de Energia, órgão do governo estadual.
O projeto será desenvolvido em parceria pelos governos Federal e Estadual e pelo Instituto de Química da USP-São Carlos.
Funcionamento
O motor do novo ônibus funciona por corrente elétrica. A diferença em relação aos veículos elétricos é que a energia é produzida dentro do ônibus, não precisando ser armazenada em baterias grandes e pesadas.
O abastecimento é feito do seguinte modo: cilindros de hidrogênio são colocados no veículo. Dentro de mecanismo chamado de célula de combustão, o hidrogênio é combinado com oxigênio, produzindo vapor d'água e energia. Essa energia move o motor.
O jornalista Rogério Gentile viajou à Alemanha a convite da Mercedes-Benz
Ônibus de SP usarão combustível da Nasa
ROGÉRIO GENTILE
enviado especial a Stuttgart
O governo brasileiro vai iniciar estudos com o objetivo de utilizar um combustível não poluente _o gás hidrogênio_ nos ônibus da cidade de São Paulo.
Hidrogênio é o mesmo combustível utilizado pelas naves Apolo e Gemini, do programa espacial da Nasa (Admnistração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA);.
Os estudos serão financiados, parcialmente, pelo Penud (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento);, que destinou cerca de R$ 340 mil ao projeto.
O convênio deverá ser assinado pelo ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito (PFL);, no próximo mês, em Brasília.
Dentro de 18 meses, os primeiros modelos deverão estar rodando na cidade (em fase de testes);, segundo o responsável pelo programa, Demóstenes Barbosa da Silva, diretor-adjunto do Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica.
O veículo deverá ser semelhante a um novo ônibus apresentado pela Mercedes-Benz, no dia 26 de maio em Stuttgart, na Alemanha (leia texto abaixo);.
Em agosto, o responsável pelo projeto da multinacional alemã, Ferdinand Panik, deve vir ao Brasil para apresentar o modelo ao governo brasileiro.
Combustível ecológico
''O hidrogênio é um combustível ecológico. O impacto será muito positivo numa metrópole como São Paulo'', diz o diretor.
Circulam hoje por São Paulo 10.800 ônibus, sendo quase todos movidos a diesel (há 500 trólebus e 130 a gás natural);.
O ônibus a diesel emite 540 mg/km de monóxido de carbono (CO); e 230 mg/km de hidrocarbonetos (HC); e 30 mg/km de dióxido de enxofre (SO2);.
No motor a hidrogênio, a emissão é zero. ''É a solução para a questão ambiental'', afirma Oscar de Lima e Silva, da Agência para Aplicação de Energia, órgão do governo estadual.
O projeto será desenvolvido em parceria pelos governos Federal e Estadual e pelo Instituto de Química da USP-São Carlos.
Funcionamento
O motor do novo ônibus funciona por corrente elétrica. A diferença em relação aos veículos elétricos é que a energia é produzida dentro do ônibus, não precisando ser armazenada em baterias grandes e pesadas.
O abastecimento é feito do seguinte modo: cilindros de hidrogênio são colocados no veículo. Dentro de mecanismo chamado de célula de combustão, o hidrogênio é combinado com oxigênio, produzindo vapor d'água e energia. Essa energia move o motor.
O jornalista Rogério Gentile viajou à Alemanha a convite da Mercedes-Benz

