Phobos
Nos 15 anos seguintes que se sucederam as missões Mars lançadas em 1973 não houve interesse político em enviar novas sondas a Marte. Mas o sucesso das missões Vega no começo dos anos 80 abriu a porta para novas oportunidades de estudar o planeta vermelho
No começo de 1985 foi autorizado o envio de duas sondas rumo a lua marciana Phobos. O trabalho não seria fácil, a janela de lançamento era para 1988, havia 3 anos e meio de trabalho pela frente.
O objetivo era se aproximar o máximo possível de Phobos e estudar o planeta com instrumentos a distância. Se utilizaria laser para evaporar um pouco do solo e estudar suas características químicas. Além disso, um pequeno lander esférico com 50 kg chamado PROP-F seria enviado para sua superfície. Ele teria pequenas pernas que permitiriam ele pular na baixa gravidade de Phobos.
A lua Phobos é uma das luas que orbita mais próxima de seu planeta, sua orbita fica a menos de seis mil quilômetros acima da superfície marciana e ela orbita Marte três vezes ao dia. Phobos possui apenas 27 km de comprimento.
A construção da sonda ficou a cargo da empresa Lavochkin, responsável pelas sondas enviadas a Vênus e Marte. Em dezembro de 1978 a empresa propôs uma nova plataforma para futuras sondas, chamada "1F", esta seria a segunda geração de sondas construídas pela empresa. Adaptar uma plataforma usada nas missões Venera para uma missão marciana não seria possível, já que a sonda pesaria 1 tonelada a mais que o necessário.
Após chegar na órbita de Marte, as sondas Phobos deveriam ficar 3 meses em órbita se aproximando lentamente de Phobos e atingir uma distância de 35 km. Posteriormente a distância seria reduzida para 2 km, para finalmente iniciar a aproximação final que a levaria a 50 metros de distância, onde seria possível estudar a composição química de Phobos. Um pacote de instrumentos chamado DAS seria colocado em sua superfície, estes instrumentos deveriam funcionar por 1 ano. DAS foi transportado por ambas as sondas, mas PROP-F apenas pela Phobos-2
O controle das sondas espaciais soviéticas era feito a partir de Evpatoria, na Criméia. Como parte da missão Phobos, foi construída uma estação de controle em Ussuriysk na Sibéria. A taxa de transmissão de dados a partir de Marte era de 131 kilobits por segundo
RUMO A MARTE
As sondas Phobos foram lançadas respectivamente em 07 e 21 de julho de 1988. Ambas carregaram experimentos desenvolvidos em 13 países, como Suíça, França, Alemanha e Bulgária. Phobos 1 carregava um telescópio de raios X chamado Terek, desenvolvido em conjunto por cientistas tchecos e soviéticos, este telescópio tinha como objetivo estudos do Sol. Foram realizadas 14 das 50 observações previstas, resultando em 140 imagens de alta resolução do Sol e da coroa solar.
Phobos 1 acabou deixando de funcionar devido a um comando errado de um operador que mandou apontar os painéis solares na direção contrária do Sol e acabou congelando a sonda, a última sessão de comunicação ocorreu em 02 de setembro de 1988.
Phobos 2 entrou em órbita de Marte em 21 de janeiro de 1989 e começou a se aproximar de Phobos em 12 de fevereiro. Ela estudou Phobos e Marte até o dia 27 de março de 1989, quando um defeito no computador durante a aproximação para pousar em Phobos selou o destino da espaçonave. A órbita onde ela se encontrava permitia a sonda se aproximar de Phobos a distâncias entre 120 a 270 km.
EPILOGO
Apesar de ter operado por dois meses, Phobos 2 pode confirmar que a falta de campo magnético em Marte foi responsável pelo vento solar eliminar os oceanos marcianos. Mapas térmicos do planeta foram feitos, além de imagens panorâmicas cobrindo largas áreas do planeta.
Durante a missão Phobos 2, foram realizadas 180 transmissões de rádio vindas de Marte.
Alguns dos críticos apontam que os defeitos técnicos e a baixa qualidade dos componentes se deve a pressa em que o projeto foi implementado, desenvolver uma missão deste tipo levaria entre 6 a 7 anos em condições normais.
Apesar das falhas, as sondas Phobos serviram para aperfeiçoar o design para futuras missões não tripuladas, como por exemplo, a Mars 96.
No começo de 1985 foi autorizado o envio de duas sondas rumo a lua marciana Phobos. O trabalho não seria fácil, a janela de lançamento era para 1988, havia 3 anos e meio de trabalho pela frente.
O objetivo era se aproximar o máximo possível de Phobos e estudar o planeta com instrumentos a distância. Se utilizaria laser para evaporar um pouco do solo e estudar suas características químicas. Além disso, um pequeno lander esférico com 50 kg chamado PROP-F seria enviado para sua superfície. Ele teria pequenas pernas que permitiriam ele pular na baixa gravidade de Phobos.
A lua Phobos é uma das luas que orbita mais próxima de seu planeta, sua orbita fica a menos de seis mil quilômetros acima da superfície marciana e ela orbita Marte três vezes ao dia. Phobos possui apenas 27 km de comprimento.
A construção da sonda ficou a cargo da empresa Lavochkin, responsável pelas sondas enviadas a Vênus e Marte. Em dezembro de 1978 a empresa propôs uma nova plataforma para futuras sondas, chamada "1F", esta seria a segunda geração de sondas construídas pela empresa. Adaptar uma plataforma usada nas missões Venera para uma missão marciana não seria possível, já que a sonda pesaria 1 tonelada a mais que o necessário.
Após chegar na órbita de Marte, as sondas Phobos deveriam ficar 3 meses em órbita se aproximando lentamente de Phobos e atingir uma distância de 35 km. Posteriormente a distância seria reduzida para 2 km, para finalmente iniciar a aproximação final que a levaria a 50 metros de distância, onde seria possível estudar a composição química de Phobos. Um pacote de instrumentos chamado DAS seria colocado em sua superfície, estes instrumentos deveriam funcionar por 1 ano. DAS foi transportado por ambas as sondas, mas PROP-F apenas pela Phobos-2
O controle das sondas espaciais soviéticas era feito a partir de Evpatoria, na Criméia. Como parte da missão Phobos, foi construída uma estação de controle em Ussuriysk na Sibéria. A taxa de transmissão de dados a partir de Marte era de 131 kilobits por segundo

RUMO A MARTE
As sondas Phobos foram lançadas respectivamente em 07 e 21 de julho de 1988. Ambas carregaram experimentos desenvolvidos em 13 países, como Suíça, França, Alemanha e Bulgária. Phobos 1 carregava um telescópio de raios X chamado Terek, desenvolvido em conjunto por cientistas tchecos e soviéticos, este telescópio tinha como objetivo estudos do Sol. Foram realizadas 14 das 50 observações previstas, resultando em 140 imagens de alta resolução do Sol e da coroa solar.
Phobos 1 acabou deixando de funcionar devido a um comando errado de um operador que mandou apontar os painéis solares na direção contrária do Sol e acabou congelando a sonda, a última sessão de comunicação ocorreu em 02 de setembro de 1988.
Phobos 2 entrou em órbita de Marte em 21 de janeiro de 1989 e começou a se aproximar de Phobos em 12 de fevereiro. Ela estudou Phobos e Marte até o dia 27 de março de 1989, quando um defeito no computador durante a aproximação para pousar em Phobos selou o destino da espaçonave. A órbita onde ela se encontrava permitia a sonda se aproximar de Phobos a distâncias entre 120 a 270 km.

EPILOGO
Apesar de ter operado por dois meses, Phobos 2 pode confirmar que a falta de campo magnético em Marte foi responsável pelo vento solar eliminar os oceanos marcianos. Mapas térmicos do planeta foram feitos, além de imagens panorâmicas cobrindo largas áreas do planeta.
Durante a missão Phobos 2, foram realizadas 180 transmissões de rádio vindas de Marte.
Alguns dos críticos apontam que os defeitos técnicos e a baixa qualidade dos componentes se deve a pressa em que o projeto foi implementado, desenvolver uma missão deste tipo levaria entre 6 a 7 anos em condições normais.
Apesar das falhas, as sondas Phobos serviram para aperfeiçoar o design para futuras missões não tripuladas, como por exemplo, a Mars 96.






