Luna
Os soviéticos foram os pioneiros na exploração espacial. Como a Lua é o objeto celeste mais próximo da Terra, eles foram os primeiros a tentar explorá-la com as sondas da série Luna. A Luna 1, lançada em 02 de janeiro de 1959 foi a primeira a passar perto da Lua e o primeiro objeto a entrar em órbita ao redor do Sol.
Em 1959, foram obtidas 2 grandes conquistas. A Luna 2, lançada em 12 de setembro de 1959, foi a primeira nave terrestre a cair na Lua, impactando em 14 de Setembro de 1959 a leste do Mare Imbrium, perto das crateras Aristillus, Archimedes e Autolycus. A missão seguinte, a Luna 3, lançada em 04 de outubro de 1959 revelaria para a humanidade o lado escuro da Lua. Foram tiradas 29 fotos de baixa resolução a uma distância entre 63 a 66 mil km de distância, estas imagens registraram 70% do lado oculto lunar
Animados pelo sucesso inicial, os soviéticos decidem tentar pousar sondas suavemente na Lua. As sondas Luna ficaram nas oficinas durante 4 anos, até 1963, quando eles tentaram fazer a primeira alunissagem. Mas, não era uma tarefa fácil e foi a vez dos soviéticos amargarem os fracassos, da mesma maneira que os americanos haviam sofrido no início da corrida espacial. Uma após a outra as Luna se arrebentavam implacavelmente na Lua. Mas, em 1966 a sorte sorriu para os soviéticos 2 vezes. A Luna 9 pousou suavemente em 06 de fevereiro de 1966, enviando várias imagens de TV e fotografias. A Luna 9 utilizou um sistema de airbags para pousar. Seu local de pouso foi na região de Oceanus Procellarum, a oeste das crateras Reiner e Marius.
A Luna 9 possuía um transmissor de rádio, controles de temperatura e um sistema de televisão dotado de um sistema rotativo, que podia enviar imagens de um raio de cerca de 1500 metros. A Luna 13, que foi a segunda sonda soviética a pousar na Lua,transportava equipamentos para estudar as propriedades químicas da superfície lunar, e a reflexão de raios cósmicos da superfície lunar.
A Luna 10, lançada em 31 de março de 1966, foi o primeiro satélite lunar, que além de fotos e informações, transmitiu durante 3 dias o hino "A Internacional", que é associado a movimentos socialistas. A sonda completou 460 órbitas lunares e fez 219 transmissões de dados antes de encerrar sua missão no final de maio de 1966.
O passo seguinte no programa de exploração lunar era desenvolver uma nave capaz de trazer amostras da Lua para a Terra automaticamente. Sondas mais pesadas e sofisticadas eram necessárias. As sondas até aquele momento usavam foguetes da família Soyuz, e seu peso variava entre 300 a 1600 kg.
Um bom conhecimento já havia sido obtido até aquele momento. Já se sabia como trazer naves da Lua para a Terra, pois sondas do tipo Zond já haviam feito essa travessia. A Zond era na realidade um modelo da nave Soyuz, adaptado para viagens lunares. Também já se conseguia pousar e orbitar a Lua. O Luna 13 tinha pousado suavemente em dezembro de 1966 na região do Oceanus Procellarum, a oeste das crateras Krafft e Seleucus. Os Lunas 11, 12 e 14 foram satélites lunares. Era tudo uma questão de jeito.
A primeira nave a tentar isso foi a Luna 15, lançada em 13 de julho de 1969. A Luna 15 tentou trazer amostras da Lua antes dos americanos da Apollo 11, mas acabou se arrebentando na Lua a velocidade de 500 quilômetros por hora em 16 de julho. Era hora das sondas Luna voltarem para a oficina...
A Luna 15 era uma nova geração de sondas lunares, denominada E-8. Estas sondas lunares teriam um peso de quase 6 toneladas, para serem lançadas, era necessário um foguete pesado Proton, este foguete tem capacidade de 20 toneladas em órbita baixa. Todas as missões seguintes utilizariam esta plataforma.
As missões Luna destinadas a retornar amostras da Lua foram feitas com a colaboração de vários institutos e fábricas. Os instrumentos científicos eram fabricados pelo centro de pesquisa científica Babakin. A empresa Lavochkin, famosa por seus aviões de combate da segunda guerra mundial era responsável pela plataforma da sonda. Ficava a cargo da fábrica Khrunichev a fabricação do foguete Proton que lançaria as sondas para a Lua.
Em 17 de julho de 1970, a Luna 16 tornou-se a primeira sonda a trazer amostras automaticamente da Lua. O único problema era que a amostra era muito pequena, pesava um pouco mais de 100 gramas. Para extrair a amostra, um braço robô escavava um buraco de mais ou menos 30 centímetros de profundidade e extraia uma amostra, que era colocada numa cápsula hermeticamente selada, para retornar a Terra. O projeto Luna foi encerrado em 09 de agosto de 1976, com o lançamento da última sonda, a Luna, 24, e trouxe grandes contribuições para o estudo lunar.
Ao todo foram retornadas amostras de 3 regiões lunares. Luna 16 returnou 101 gramas da região de Mare Fecunditatis. Luna 20 retornou 55 gramas do planalto Apollonius e Luna-24 retornou 170 gramas da região de Mare Crisium. Ao todo, 326 gramas de amostras foram retornadas.
Em dezembro de 1976, cientistas americanos e soviéticos concordaram em compartilhas amostras de suas missões. Estudos feitos pelos instituto Vernadsky de geoquímica em 1978 apontaram evidências de existência de água nas amostras retornadas pela Luna 24.
Das sondas do projeto Luna, 3 naves Luna trouxeram amostras, uma foi danificada no pouso e outras 2 transportaram para a Lua veículos de exploração denominados Lunakhods, que juntos, exploraram mais de 40 quilômetros de terreno. Para pilotar o Lunakhod existiam 2 equipes que se revezavam. Cada equipe possuía 4 homens, mas também havia um homem de reserva, para qualquer eventualidade. Na realidade, foram construídos 3 Lunakhods, mas o terceiro não chegou a ser enviado para a Lua, e atualmente se encontra num museu.
O Lunakhod 1 possuía 8 rodas, com tração independente, que podia desenvolver 1 quilômetros por hora. Pesava 750 kg, e transportava 5 câmeras de TV, um espectrômetro de raios X, um telescópio de raios X, um detector de raios cósmicos e um refletor de laser, além de equipamentos para testar as propriedades mecânicas do solo lunar. Funcionou durante 11 meses, explorando a região chamada Mar das Chuvas e enviando 20.000 fotografias. Ele fez 25 análises do solo e 500 testes mecânicos. O espelho lunar transportado pelo Lunakhod-1 ainda pode ser utilizado, em 2013 cientistas franceses conseguiram refletir lasers com sucesso.
O Lunakhod 2 pesava 840 kgs, tinha suspensão e freios independentes, podia alcançar até 2 quilômetros por hora, e transportava 6 câmeras de TV, um magnetômetro e instrumentos para estudar o solo lunar. Como curiosidade, ele transportava o brasão soviético e uma imagem em baixo relevo de Lênin.. Ele funcionou durante 4 meses, percorrendo 37 quilômetros, obtendo mais de 80.000 fotografias, sendo que 90 imagens panorâmicas. Seu local de pouso foi a cratera Le Monnier, localizado a 180 km ao norte da região montanhosa de Taurus-Littrow, que foi visitada pela ultima missão lunar do projeto Apollo, a Apollo 17.
Uma terceira missão Lunakhod havia sido planejada para 1977. A nave foi construída em 1975 e foi testada, mas não foi lançada. Com o cancelamento do projeto, o Lunakhod 3 acabou indo para um museu.
O controle do Lunokhod era feito a partir da Criméia, e o turno de trabalho era das 10 da noite as 07 de manhã. Para conduzir o Lunokhod era necessário uma equipe de 5 pessoas, divididos nas seguintes funções: Motorista, operador de antena, navegador, engenheiro de vôo e comandante. A cada duas horas havia troca de equipes. Duas equipes se revezavam no controle. A seleção das tripulações foi feita na primavera de 1968. O veículo tinha duas velocidades, 0,5 milhas por hora e 1,2 milhas por hora, além de marcha a ré. O veículo era conduzido através do recebimento de imagens de baixa resolução que não eram enviadas em tempo real, eram imagens enviadas com intervalos entre 7 a 20 segundos.
Apesar da última missão Luna ter sido em 1976, o nome Luna foi reaproveitado para as novas missões previstas para o século 21.
Em novembro de 2014 foi revelado que novas missões a Lua seriam enviadas. O objetivo agora era pousar perto do Polo Sul da Lua em 2018. Esta missão seria chamada Luna 25. Lançada em 10 de agosto de 2023, ela foi colocada em órbita da Lua, mas colidiu com ela no dia 19 de agosto de 2023, devido a um erro numa manobra de ajuste de órbita. A nave carregava uma carga útil de 30 kg.
Em 1959, foram obtidas 2 grandes conquistas. A Luna 2, lançada em 12 de setembro de 1959, foi a primeira nave terrestre a cair na Lua, impactando em 14 de Setembro de 1959 a leste do Mare Imbrium, perto das crateras Aristillus, Archimedes e Autolycus. A missão seguinte, a Luna 3, lançada em 04 de outubro de 1959 revelaria para a humanidade o lado escuro da Lua. Foram tiradas 29 fotos de baixa resolução a uma distância entre 63 a 66 mil km de distância, estas imagens registraram 70% do lado oculto lunar
Animados pelo sucesso inicial, os soviéticos decidem tentar pousar sondas suavemente na Lua. As sondas Luna ficaram nas oficinas durante 4 anos, até 1963, quando eles tentaram fazer a primeira alunissagem. Mas, não era uma tarefa fácil e foi a vez dos soviéticos amargarem os fracassos, da mesma maneira que os americanos haviam sofrido no início da corrida espacial. Uma após a outra as Luna se arrebentavam implacavelmente na Lua. Mas, em 1966 a sorte sorriu para os soviéticos 2 vezes. A Luna 9 pousou suavemente em 06 de fevereiro de 1966, enviando várias imagens de TV e fotografias. A Luna 9 utilizou um sistema de airbags para pousar. Seu local de pouso foi na região de Oceanus Procellarum, a oeste das crateras Reiner e Marius.

A Luna 9 possuía um transmissor de rádio, controles de temperatura e um sistema de televisão dotado de um sistema rotativo, que podia enviar imagens de um raio de cerca de 1500 metros. A Luna 13, que foi a segunda sonda soviética a pousar na Lua,transportava equipamentos para estudar as propriedades químicas da superfície lunar, e a reflexão de raios cósmicos da superfície lunar.
A Luna 10, lançada em 31 de março de 1966, foi o primeiro satélite lunar, que além de fotos e informações, transmitiu durante 3 dias o hino "A Internacional", que é associado a movimentos socialistas. A sonda completou 460 órbitas lunares e fez 219 transmissões de dados antes de encerrar sua missão no final de maio de 1966.
O passo seguinte no programa de exploração lunar era desenvolver uma nave capaz de trazer amostras da Lua para a Terra automaticamente. Sondas mais pesadas e sofisticadas eram necessárias. As sondas até aquele momento usavam foguetes da família Soyuz, e seu peso variava entre 300 a 1600 kg.
Um bom conhecimento já havia sido obtido até aquele momento. Já se sabia como trazer naves da Lua para a Terra, pois sondas do tipo Zond já haviam feito essa travessia. A Zond era na realidade um modelo da nave Soyuz, adaptado para viagens lunares. Também já se conseguia pousar e orbitar a Lua. O Luna 13 tinha pousado suavemente em dezembro de 1966 na região do Oceanus Procellarum, a oeste das crateras Krafft e Seleucus. Os Lunas 11, 12 e 14 foram satélites lunares. Era tudo uma questão de jeito.
A primeira nave a tentar isso foi a Luna 15, lançada em 13 de julho de 1969. A Luna 15 tentou trazer amostras da Lua antes dos americanos da Apollo 11, mas acabou se arrebentando na Lua a velocidade de 500 quilômetros por hora em 16 de julho. Era hora das sondas Luna voltarem para a oficina...
A Luna 15 era uma nova geração de sondas lunares, denominada E-8. Estas sondas lunares teriam um peso de quase 6 toneladas, para serem lançadas, era necessário um foguete pesado Proton, este foguete tem capacidade de 20 toneladas em órbita baixa. Todas as missões seguintes utilizariam esta plataforma.
As missões Luna destinadas a retornar amostras da Lua foram feitas com a colaboração de vários institutos e fábricas. Os instrumentos científicos eram fabricados pelo centro de pesquisa científica Babakin. A empresa Lavochkin, famosa por seus aviões de combate da segunda guerra mundial era responsável pela plataforma da sonda. Ficava a cargo da fábrica Khrunichev a fabricação do foguete Proton que lançaria as sondas para a Lua.

Em 17 de julho de 1970, a Luna 16 tornou-se a primeira sonda a trazer amostras automaticamente da Lua. O único problema era que a amostra era muito pequena, pesava um pouco mais de 100 gramas. Para extrair a amostra, um braço robô escavava um buraco de mais ou menos 30 centímetros de profundidade e extraia uma amostra, que era colocada numa cápsula hermeticamente selada, para retornar a Terra. O projeto Luna foi encerrado em 09 de agosto de 1976, com o lançamento da última sonda, a Luna, 24, e trouxe grandes contribuições para o estudo lunar.
Ao todo foram retornadas amostras de 3 regiões lunares. Luna 16 returnou 101 gramas da região de Mare Fecunditatis. Luna 20 retornou 55 gramas do planalto Apollonius e Luna-24 retornou 170 gramas da região de Mare Crisium. Ao todo, 326 gramas de amostras foram retornadas.
Em dezembro de 1976, cientistas americanos e soviéticos concordaram em compartilhas amostras de suas missões. Estudos feitos pelos instituto Vernadsky de geoquímica em 1978 apontaram evidências de existência de água nas amostras retornadas pela Luna 24.
Das sondas do projeto Luna, 3 naves Luna trouxeram amostras, uma foi danificada no pouso e outras 2 transportaram para a Lua veículos de exploração denominados Lunakhods, que juntos, exploraram mais de 40 quilômetros de terreno. Para pilotar o Lunakhod existiam 2 equipes que se revezavam. Cada equipe possuía 4 homens, mas também havia um homem de reserva, para qualquer eventualidade. Na realidade, foram construídos 3 Lunakhods, mas o terceiro não chegou a ser enviado para a Lua, e atualmente se encontra num museu.
O Lunakhod 1 possuía 8 rodas, com tração independente, que podia desenvolver 1 quilômetros por hora. Pesava 750 kg, e transportava 5 câmeras de TV, um espectrômetro de raios X, um telescópio de raios X, um detector de raios cósmicos e um refletor de laser, além de equipamentos para testar as propriedades mecânicas do solo lunar. Funcionou durante 11 meses, explorando a região chamada Mar das Chuvas e enviando 20.000 fotografias. Ele fez 25 análises do solo e 500 testes mecânicos. O espelho lunar transportado pelo Lunakhod-1 ainda pode ser utilizado, em 2013 cientistas franceses conseguiram refletir lasers com sucesso.
O Lunakhod 2 pesava 840 kgs, tinha suspensão e freios independentes, podia alcançar até 2 quilômetros por hora, e transportava 6 câmeras de TV, um magnetômetro e instrumentos para estudar o solo lunar. Como curiosidade, ele transportava o brasão soviético e uma imagem em baixo relevo de Lênin.. Ele funcionou durante 4 meses, percorrendo 37 quilômetros, obtendo mais de 80.000 fotografias, sendo que 90 imagens panorâmicas. Seu local de pouso foi a cratera Le Monnier, localizado a 180 km ao norte da região montanhosa de Taurus-Littrow, que foi visitada pela ultima missão lunar do projeto Apollo, a Apollo 17.

Uma terceira missão Lunakhod havia sido planejada para 1977. A nave foi construída em 1975 e foi testada, mas não foi lançada. Com o cancelamento do projeto, o Lunakhod 3 acabou indo para um museu.
O controle do Lunokhod era feito a partir da Criméia, e o turno de trabalho era das 10 da noite as 07 de manhã. Para conduzir o Lunokhod era necessário uma equipe de 5 pessoas, divididos nas seguintes funções: Motorista, operador de antena, navegador, engenheiro de vôo e comandante. A cada duas horas havia troca de equipes. Duas equipes se revezavam no controle. A seleção das tripulações foi feita na primavera de 1968. O veículo tinha duas velocidades, 0,5 milhas por hora e 1,2 milhas por hora, além de marcha a ré. O veículo era conduzido através do recebimento de imagens de baixa resolução que não eram enviadas em tempo real, eram imagens enviadas com intervalos entre 7 a 20 segundos.
Apesar da última missão Luna ter sido em 1976, o nome Luna foi reaproveitado para as novas missões previstas para o século 21.
Em novembro de 2014 foi revelado que novas missões a Lua seriam enviadas. O objetivo agora era pousar perto do Polo Sul da Lua em 2018. Esta missão seria chamada Luna 25. Lançada em 10 de agosto de 2023, ela foi colocada em órbita da Lua, mas colidiu com ela no dia 19 de agosto de 2023, devido a um erro numa manobra de ajuste de órbita. A nave carregava uma carga útil de 30 kg.






