Rússia multa tripulação da Mir por acidente de junho
Cosmonautas foram considerados responsáveis pelo choque da estação
Rússia multa tripulação da Mir por acidente de junho
das agências internacionais
A direção do programa espacial russo declarou ontem que os cosmonautas Vassili Tsibliev e Alexander Lazutkin são responsáveis pela colisão da estação espacial Mir com uma nave de carga não tripulada em 25 de junho.
O veredicto foi divulgado pelo ex-cosmonauta Valeri Riumin, coordenador do programa conjunto Mir-Nasa (agência espacial dos Estados Unidos);.
O acidente foi considerado o mais grave ocorrido com a estação orbital Mir nos seus 11 anos de operação.
Em um informe de tom crítico, Riumin disse que a conclusão sobre a culpa atribuída aos dois ex-tripulantes da Mir "está além de qualquer dúvida" e foi decidida por uma comissão "após exaustiva análise dos dados da missão".
"Pessoalmente, lamentamos pelos rapazes, mas fatos são fatos", disse o dirigente.
Apesar do caráter taxativo de suas declarações, Riumin não informou qual teria sido o erro cometido pelos dois cosmonautas durante a manobra de acoplagem da nave-cargueiro Progress M-34 com a Mir.
A pena dos dois ex-tripulantes da Mir deverá ser aplicada na forma de multa a ser debitada da remuneração prevista em contrato, segundo Riumin, que não especificou os valores.
Tsibliev, que comandou a missão, e o engenheiro Lazutkin permanecem em quarentena até sexta-feira, se recuperando fisicamente dos efeitos no organismo da permanência de seis meses em órbita da Terra.
Ambos retornaram à Terra em 14 de agosto, poucos dias após o presidente da Rússia, Boris Ieltsin, tê-los acusado de ser os responsáveis pela colisão.
"Sempre procuram um bode expiatório", disse Tsibliev à imprensa pouco depois de retornar à Terra. Na ocasião, ele e seu colega Lazutkin afirmaram que desejavam continuar na carreira espacial e retornar à estação orbital.
A permanência dos dois a bordo da Mir foi marcada por várias situações de emergência. Tsibliev chegou a desenvolver uma arritmia cardíaca, já superada.
A colisão com a nave-cargueiro Progress M-34 provocou perfuração do módulo Spektr, um dos seis integrados à Mir, causando imediata despressurização. Também houve danos nos painéis solares, que captam energia do Sol, provocando perda de 40% das reservas de energia.
Ontem, a bordo da Mir, o russo Anatoli Soloviov e o norte-americano Michael Foale treinavam para o passeio espacial previsto para sábado, em que ambos deverão verificar os danos causados pelo acidente de junho.
O outro tripulante russo, Pavel Vinogradov, deverá permanecer a bordo da Mir durante a saída dos dois ao espaço.
A saída deverá durar cerca de duas horas, segundo o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia. As reservas de oxigênio dos equipamentos dos tripulantes permitem uma autonomia máxima de sete horas.
Rússia multa tripulação da Mir por acidente de junho
das agências internacionais
A direção do programa espacial russo declarou ontem que os cosmonautas Vassili Tsibliev e Alexander Lazutkin são responsáveis pela colisão da estação espacial Mir com uma nave de carga não tripulada em 25 de junho.
O veredicto foi divulgado pelo ex-cosmonauta Valeri Riumin, coordenador do programa conjunto Mir-Nasa (agência espacial dos Estados Unidos);.
O acidente foi considerado o mais grave ocorrido com a estação orbital Mir nos seus 11 anos de operação.
Em um informe de tom crítico, Riumin disse que a conclusão sobre a culpa atribuída aos dois ex-tripulantes da Mir "está além de qualquer dúvida" e foi decidida por uma comissão "após exaustiva análise dos dados da missão".
"Pessoalmente, lamentamos pelos rapazes, mas fatos são fatos", disse o dirigente.
Apesar do caráter taxativo de suas declarações, Riumin não informou qual teria sido o erro cometido pelos dois cosmonautas durante a manobra de acoplagem da nave-cargueiro Progress M-34 com a Mir.
A pena dos dois ex-tripulantes da Mir deverá ser aplicada na forma de multa a ser debitada da remuneração prevista em contrato, segundo Riumin, que não especificou os valores.
Tsibliev, que comandou a missão, e o engenheiro Lazutkin permanecem em quarentena até sexta-feira, se recuperando fisicamente dos efeitos no organismo da permanência de seis meses em órbita da Terra.
Ambos retornaram à Terra em 14 de agosto, poucos dias após o presidente da Rússia, Boris Ieltsin, tê-los acusado de ser os responsáveis pela colisão.
"Sempre procuram um bode expiatório", disse Tsibliev à imprensa pouco depois de retornar à Terra. Na ocasião, ele e seu colega Lazutkin afirmaram que desejavam continuar na carreira espacial e retornar à estação orbital.
A permanência dos dois a bordo da Mir foi marcada por várias situações de emergência. Tsibliev chegou a desenvolver uma arritmia cardíaca, já superada.
A colisão com a nave-cargueiro Progress M-34 provocou perfuração do módulo Spektr, um dos seis integrados à Mir, causando imediata despressurização. Também houve danos nos painéis solares, que captam energia do Sol, provocando perda de 40% das reservas de energia.
Ontem, a bordo da Mir, o russo Anatoli Soloviov e o norte-americano Michael Foale treinavam para o passeio espacial previsto para sábado, em que ambos deverão verificar os danos causados pelo acidente de junho.
O outro tripulante russo, Pavel Vinogradov, deverá permanecer a bordo da Mir durante a saída dos dois ao espaço.
A saída deverá durar cerca de duas horas, segundo o Centro de Controle de Vôos Espaciais da Rússia. As reservas de oxigênio dos equipamentos dos tripulantes permitem uma autonomia máxima de sete horas.

