O Começo
Durante o Ano Geofísico Internacional de 1957 os soviéticos lançaram o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik (pequeno companheiro);. Lançado em 04 de outubro de 1957, era uma pequena esfera polida de 83 kilos e 58 centímetros de diâmetro, repetindo um bip bip cadenciado. Este satélite abriu o caminho das estrelas para a Humanidade. A rede norte americana que estava preparada para rastrear o Vanguard, satélite que seria lançado pelos Estados Unidos, acabou sendo utilizada para rastrear os bip bip do Sputnik. O Sputnik causou um impacto grande nos Estados Unidos, que se dispuseram a repetir a proeza soviética. Mas, aquele 1957 reservava ainda mais...
Para comemorar o aniversário da Revolução Soviética, em novembro do mesmo ano, era necessário colocar algo no espaço. Em 1 de novembro de 1957 foi lançado o Sputnik 2, com mais de 500 kilos. Ele carregava o primeiro ser vivo no espaço, uma cadela da raça Kudriava chamada Laika. O Sputnik 2 era uma cópia de reserva do primeiro Sputnik, mas tinha um compartimento onde foi acondicionada Laika, diversos equipamentos e uma câmera de TV. Laika foi também o primeiro ser vivo a morrer no espaço, para revolta dos grupos de proteção de animais. O Vanguard norte americano tentou ir para o espaço no mesmo ano, mas o foguete acabou explodindo, o que tornou a situação pior para os norte americanos. E como se tudo isso ainda não fosse suficiente, em 15 de maio de 1958 os soviéticos colocaram no espaço o Sputnik 3, com incríveis 4500 kilos, e carregando 1 tonelada de instrumentos.
Nem tudo era tão preciso quanto os soviéticos queriam. Após o Sputnik 2, o lançamento seguinte, o do Sputnik 3, resultaria em fracasso, mas isso não foi divulgado. O Sputnik 3 na realidade deveria ter sido o primeiro satélite, mas o atraso em seu desenvolvimento obrigou o grupo de Korolev a criar o Sputnik 1, bem mais simples.
Esse satélite provou ao mundo ocidental que a União Soviética possuía foguetes muito mais poderosos do que aqueles utilizados pelos norte-americanos para lançar seus satélites Vanguards e Explorer. Essa liderança continuou com os soviéticos até 1965.
Enquanto isso, os americanos tinham problemas com os seus foguetes e estavam divididos entre vários foguetes feitos pela Marinha, Exército e Aeronáutica. Isso acabou facilitando aos soviéticos e permitiu os seus êxitos iniciais. Mas o grande feito não era apenas científico, era apenas militar, pois mostrava aos americanos que os soviéticos possuíam foguetes suficientemente poderosos para mandar suas ogivas nucleares até os Estados Unidos.
Já em 1958 os Estados Unidos criavam a NASA (National Aeronautics Space Agency); e iniciava o projeto Mercury, para levar o homem ao espaço. Os soviéticos fariam as primeiras tentativas de enviar sondas para a Lua, e a desenvolver sua nave espacial tripulada, a Vostok.
Em outubro de 1960, muitos observadores do programa espacial soviético esperavam que a União Soviética enviasse uma missão não tripulada a Marte, justamente durante a visita do premier Nikita Kruschev as Nações Unidas. Poucas semanas depois, os soviéticos anunciavam a morte do marechal de campo Mitrofan Nedelin, comandante as forças de foguetes estratégicos, num acidente de avião. Na realidade, Nedelin, animado pelo desejo de dar um golpe publicitário, decidiu lançar um foguete antes dele ter sido completamente testado. A contagem chegou a zero e o enorme foguete estava exatamente no mesmo lugar. Por precaução, ninguém foi conferir o que tinha acontecido. A impaciência de Nedelin falou mais alto e os engenheiros foram para examinar o que havia ocorrido. Após 1 hora de vistoria, uma gigantesca explosão destruiu o foguete e matou grande parte dos técnicos, inclusive Nedelin. A explosão pode ser ouvida a mais de 100 kilometros de distância. O foguete tinha mais de 500 toneladas de combustível. Algumas histórias diziam que o impaciente Nedelin teria acendido um cigarro próximo do foguete, e o cigarro teria detonado o malsucedido foguete. Mas na verdade o problema foi relacionado a um curto circuito no segundo estágio, que teria ativado os motores durante testes antes do lançamento.
Durante a guerra fria, e em especial durante a corrida a Lua que ocorreu nos anos 60 e 70, três engenheiros ucranianos seriam os protagonistas principais do programa espacial soviético. Foram eles:
Sergei Korolev: Foi líder do bureau OKB-1 e foi responsável pelas principais conquistas soviéticas durante os anos 60. Sob sua responsabilidade ficaram os primeiros satélites artificiais, as primeiras naves tripuladas e o programa lunar tripulado. Sua morte em 1966 foi um duro golpe para o programa espacial.
Valentin Glushko: Foi um grande defensor de motores hipergólicos, sua rivalidade com Korolev teve impacto direto na corrida a Lua, já que ele fabricava os melhores motores. Foi líder do bureau OKB 456, posteriormente conhecido como Energomash. No periodo de 1974 até a sua morte em 1989 foi responsável pelo programa espacial soviético. O programa espacial foi reorganizado e os diferentes bureaus foram consolidados sob o seu comando. Gluskho foi responsável pelo superfoguete pesado Energia.
Vladimir Chelomey: Foi líder do bureau OKB-52, seu principal trabalho foi a criação do foguete pesado Proton, que foi utilizado durante a guerra fria e que continuou sendo usado no seculo 21. Ele trabalhou também nos projetos de estações espaciais militares Almaz e naves TKS.

Para comemorar o aniversário da Revolução Soviética, em novembro do mesmo ano, era necessário colocar algo no espaço. Em 1 de novembro de 1957 foi lançado o Sputnik 2, com mais de 500 kilos. Ele carregava o primeiro ser vivo no espaço, uma cadela da raça Kudriava chamada Laika. O Sputnik 2 era uma cópia de reserva do primeiro Sputnik, mas tinha um compartimento onde foi acondicionada Laika, diversos equipamentos e uma câmera de TV. Laika foi também o primeiro ser vivo a morrer no espaço, para revolta dos grupos de proteção de animais. O Vanguard norte americano tentou ir para o espaço no mesmo ano, mas o foguete acabou explodindo, o que tornou a situação pior para os norte americanos. E como se tudo isso ainda não fosse suficiente, em 15 de maio de 1958 os soviéticos colocaram no espaço o Sputnik 3, com incríveis 4500 kilos, e carregando 1 tonelada de instrumentos.

Nem tudo era tão preciso quanto os soviéticos queriam. Após o Sputnik 2, o lançamento seguinte, o do Sputnik 3, resultaria em fracasso, mas isso não foi divulgado. O Sputnik 3 na realidade deveria ter sido o primeiro satélite, mas o atraso em seu desenvolvimento obrigou o grupo de Korolev a criar o Sputnik 1, bem mais simples.
Esse satélite provou ao mundo ocidental que a União Soviética possuía foguetes muito mais poderosos do que aqueles utilizados pelos norte-americanos para lançar seus satélites Vanguards e Explorer. Essa liderança continuou com os soviéticos até 1965.
Enquanto isso, os americanos tinham problemas com os seus foguetes e estavam divididos entre vários foguetes feitos pela Marinha, Exército e Aeronáutica. Isso acabou facilitando aos soviéticos e permitiu os seus êxitos iniciais. Mas o grande feito não era apenas científico, era apenas militar, pois mostrava aos americanos que os soviéticos possuíam foguetes suficientemente poderosos para mandar suas ogivas nucleares até os Estados Unidos.
Já em 1958 os Estados Unidos criavam a NASA (National Aeronautics Space Agency); e iniciava o projeto Mercury, para levar o homem ao espaço. Os soviéticos fariam as primeiras tentativas de enviar sondas para a Lua, e a desenvolver sua nave espacial tripulada, a Vostok.
Em outubro de 1960, muitos observadores do programa espacial soviético esperavam que a União Soviética enviasse uma missão não tripulada a Marte, justamente durante a visita do premier Nikita Kruschev as Nações Unidas. Poucas semanas depois, os soviéticos anunciavam a morte do marechal de campo Mitrofan Nedelin, comandante as forças de foguetes estratégicos, num acidente de avião. Na realidade, Nedelin, animado pelo desejo de dar um golpe publicitário, decidiu lançar um foguete antes dele ter sido completamente testado. A contagem chegou a zero e o enorme foguete estava exatamente no mesmo lugar. Por precaução, ninguém foi conferir o que tinha acontecido. A impaciência de Nedelin falou mais alto e os engenheiros foram para examinar o que havia ocorrido. Após 1 hora de vistoria, uma gigantesca explosão destruiu o foguete e matou grande parte dos técnicos, inclusive Nedelin. A explosão pode ser ouvida a mais de 100 kilometros de distância. O foguete tinha mais de 500 toneladas de combustível. Algumas histórias diziam que o impaciente Nedelin teria acendido um cigarro próximo do foguete, e o cigarro teria detonado o malsucedido foguete. Mas na verdade o problema foi relacionado a um curto circuito no segundo estágio, que teria ativado os motores durante testes antes do lançamento.
Durante a guerra fria, e em especial durante a corrida a Lua que ocorreu nos anos 60 e 70, três engenheiros ucranianos seriam os protagonistas principais do programa espacial soviético. Foram eles:
Sergei Korolev: Foi líder do bureau OKB-1 e foi responsável pelas principais conquistas soviéticas durante os anos 60. Sob sua responsabilidade ficaram os primeiros satélites artificiais, as primeiras naves tripuladas e o programa lunar tripulado. Sua morte em 1966 foi um duro golpe para o programa espacial.
Valentin Glushko: Foi um grande defensor de motores hipergólicos, sua rivalidade com Korolev teve impacto direto na corrida a Lua, já que ele fabricava os melhores motores. Foi líder do bureau OKB 456, posteriormente conhecido como Energomash. No periodo de 1974 até a sua morte em 1989 foi responsável pelo programa espacial soviético. O programa espacial foi reorganizado e os diferentes bureaus foram consolidados sob o seu comando. Gluskho foi responsável pelo superfoguete pesado Energia.
Vladimir Chelomey: Foi líder do bureau OKB-52, seu principal trabalho foi a criação do foguete pesado Proton, que foi utilizado durante a guerra fria e que continuou sendo usado no seculo 21. Ele trabalhou também nos projetos de estações espaciais militares Almaz e naves TKS.






