Foguete da Argentina terá dificuldades
Foguete da Argentina terá dificuldades
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O único projeto do Terceiro Mundo a disputar o Prêmio X, a nave argentina Gauchito, está agora em fase de desenvolvimento. Mas seu projetista-chefe, o engenheiro aeroespacial Pablo De Leon, antecipa problemas para o futuro.
"Até agora temos tudo de que precisamos para essa fase de desenvolvimento, mas no futuro podemos ter alguns problemas, especialmente pela restrição a nossos países de comprar sistemas que tenham uso dual (militar e civil);", afirma. "Outro problema é dinheiro, mas já estamos acostumados com isso, então acho que conseguiremos resolver."
O engenheiro critica o governo argentino pela falta de interesse em investimentos na indústria espacial .
"Queria que nosso governo tivesse a visão do governo brasileiro, participando da Estação Espacial Internacional , com um astronauta brasileiro, um instituto qualificado como o Inpe Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e um centro de lançamento em Alcântara com um Veículo Lançador de Satélites quase pronto e toda uma indústria por trás para apoiar o esforço."
A equipe que constrói o Gauchito já concluiu o design do projeto e está fazendo vários testes com protótipos dos motores. Testes com a cápsula de retorno também foram feitos, atirando-a de balões. "Até onde sei, a altitude alcançada pela nossa cápsula 32 km é o recorde atingido por participantes do Prêmio X", afirma.
Os pesquisadores contam que estão evitando fazer estardalhaço em seu país. "Tentamos trabalhar atraindo pouco a atenção do público aqui na Argentina. Não queremos que o público fique olhando para nós o tempo todo. É uma pressão que não podemos segurar."
A equipe não pretende lançar seu foguete em menos de três anos, "mas estamos fazendo testes o tempo todo". De Leon conta que até trajes espaciais serão testados antes de 2002.
(SN);
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O único projeto do Terceiro Mundo a disputar o Prêmio X, a nave argentina Gauchito, está agora em fase de desenvolvimento. Mas seu projetista-chefe, o engenheiro aeroespacial Pablo De Leon, antecipa problemas para o futuro.
"Até agora temos tudo de que precisamos para essa fase de desenvolvimento, mas no futuro podemos ter alguns problemas, especialmente pela restrição a nossos países de comprar sistemas que tenham uso dual (militar e civil);", afirma. "Outro problema é dinheiro, mas já estamos acostumados com isso, então acho que conseguiremos resolver."
O engenheiro critica o governo argentino pela falta de interesse em investimentos na indústria espacial .
"Queria que nosso governo tivesse a visão do governo brasileiro, participando da Estação Espacial Internacional , com um astronauta brasileiro, um instituto qualificado como o Inpe Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e um centro de lançamento em Alcântara com um Veículo Lançador de Satélites quase pronto e toda uma indústria por trás para apoiar o esforço."
A equipe que constrói o Gauchito já concluiu o design do projeto e está fazendo vários testes com protótipos dos motores. Testes com a cápsula de retorno também foram feitos, atirando-a de balões. "Até onde sei, a altitude alcançada pela nossa cápsula 32 km é o recorde atingido por participantes do Prêmio X", afirma.
Os pesquisadores contam que estão evitando fazer estardalhaço em seu país. "Tentamos trabalhar atraindo pouco a atenção do público aqui na Argentina. Não queremos que o público fique olhando para nós o tempo todo. É uma pressão que não podemos segurar."
A equipe não pretende lançar seu foguete em menos de três anos, "mas estamos fazendo testes o tempo todo". De Leon conta que até trajes espaciais serão testados antes de 2002.
(SN);