Na Terra, haveria extinção em massa

Na Terra, haveria extinção em massa
Da Reportagem Local

Um impacto de objetos comparáveis aos fragmentos do Shoemaker-Levy 9 contra a Terra poderia desencadear uma extinção em massa.
Uma imensa nuvem de poeira poderia subir na atmosfera, encobrindo o Sol. Haveria uma quebra das safras agrícolas. Poucos seres vivos sobreviveriam.
Mas a humanidade só conhece 1% dos cometas e asteróides que podem oferecer risco a sua sobrevivência.
"Para chegar a 90%, seria necessário construir seis a oito telescópios (cerca de US$ 250 milhões); e fazer observações sistemáticas por uns 25 anos", diz o astrônomo Brian Marsden.
Ele chefia o escritório da União Astrônomica Mundial, que oficializa a descoberta de novos cometas.
Segundo Marsden, um colisão dessas parece ocorrer na Terra a cada 100 milhões de anos. Muitos acreditam que foi um objeto celeste que exterminou os dinossauros, há 65 milhões de anos.
Mais recentemente, Marsden cita a cratera de Tunguska (Sibéria);, aberta pela explosão de um meteoro a uns 8 km do chão em 1908. Houve danos a 50 km.
O meteoro só tinha uns 50 m de diâmetro. Um pedaço de rocha maciço de 1 km fatalmente chegaria ao chão.
"Por isso queremos descobrir o maior número possível de asteróides e cometas. Sabendo que algo vai nos atingir, é possível enviar sondas espaciais e alguma arma para desviá-lo.".
Marsden não exclui o uso de armas nucleares nesse caso, mas sustenta que, quanto antes for feita a descoberta, menos poder explosivo precisam ter essas armas.
"É claro que as pessoas envolvidas no programa Guerra nas Estrelas (de interceptação de mísseis no ar); estariam interessadas nesse tipo de projeto. Mas há outras soluções."
Primeiro é preciso avaliar o risco exato que a Terra corre, através do monitoramento do céu. "Há uns três grupos de vigilância no Arizona e na Califórnia, e um na Austrália, mas é pouco."
Foi num desses programas que os Shoemakers e Levy descobriram o cometa. A colisão com Júpiter prova que não perderam tempo.(HGz);