Senai fará peças para projeto da estação espacial
Órgão assina acordo com governo para fabricar de graça protótipo de equipamento brasileiro para a ISS
Senai vai fabricar peça de estação espacial
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A AEB (Agência Espacial Brasileira); acaba de assinar o primeiro acordo para a fabricação das peças correspondentes à participação nacional no projeto da ISS ( Estação Espacial Internacional);. E a fabricante inicial das peças não será nenhuma indústria de São José dos Campos, mas o Senai _que fará o trabalho de graça.
O acordo de cooperação técnica entre AEB e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); foi assinado ontem à noite pelo presidente da agência, Sérgio Gaudenzi, em cerimônia realizada no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo);, na capital paulista. Participaram também do evento o presidente da Fiesp e do Conselho Regional do Senai, Paulo Antonio Skaf, e o diretor regional do Senai-SP, Luis Carlos de Souza Vieira, além do astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes.
"Na verdade, foi o Marcos Pontes quem nos sugeriu isso _que o Senai poderia fazer essas peças", disse à Folha Gaudenzi.
Pelo acordo, o Senai fabricará um protótipo das peças brasileiras, chamadas de FSEs ("flight support equipments", ou equipamentos de suporte de vôo);, a fim de desenvolver toda a metodologia de fabricação e de controle de qualidade, que então será repassada à indústria para a produção das peças. "O acordo com a Nasa prevê a entrega de cerca de 38 dessas peças", diz Gaudenzi. Em troca do serviço que fará de graça, o Senai ganhará "experiência". "Você calcule que prestígio não será para eles. O Senai vai fazer a peça sem custo, mas passará a ter o carimbo Senai num equipamento que será certificado pela Nasa para uso na estação espacial ", explica Gaudenzi. Pontes, que foi o arquiteto da cooperação e já foi ele mesmo aluno do Senai, concorda. "Eu imagino a motivação para os alunos do Senai ao saber disso. É um dos elementos mais importantes do programa espacial , motivar a juventude a se envolver com as áreas de ciência e tecnologia", pondera o astronauta brasileiro.
O acordo prevê que o Senai deverá entregar o protótipo para certificação pela Nasa (agência espacial americana, responsável pela coordenação do projeto); em até 12 meses. Mas Gaudenzi espera vê-lo mais cedo que isso. "Eles têm até 12 meses para a execução, mas já conversamos para fazer isso mais depressa. Em 12 meses já queremos ter a certificação e começar a abrir a licitação para a fabricação das peças pela indústria." Segundo Pontes, a expectativa é ter os protótipos em 120 dias. "Depois de sete anos esperando, a Nasa vai ficar feliz com a notícia", afirma.
A participação brasileira na ISS é uma grande novela. Acertada em 1997, ela previa a construção de equipamentos no valor de US$ 120 milhões, em troca de tempo de uso da estação em experimentos e o treinamento de um astronauta brasileiro. Mas, em 2002, o governo brasileiro comunicou aos EUA que o Brasil seria incapaz de cumprir os prazos estipulados. Começou então um processo de renegociação do acordo, que reduziu a participação brasileira a equipamentos no valor total de R$ 86 milhões _os tais FSEs (veja quadro acima);.
O acerto da AEB com o Senai é o primeiro passo concreto de cumprimento do acordo.
Senai vai fabricar peça de estação espacial
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A AEB (Agência Espacial Brasileira); acaba de assinar o primeiro acordo para a fabricação das peças correspondentes à participação nacional no projeto da ISS ( Estação Espacial Internacional);. E a fabricante inicial das peças não será nenhuma indústria de São José dos Campos, mas o Senai _que fará o trabalho de graça.
O acordo de cooperação técnica entre AEB e Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); foi assinado ontem à noite pelo presidente da agência, Sérgio Gaudenzi, em cerimônia realizada no prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo);, na capital paulista. Participaram também do evento o presidente da Fiesp e do Conselho Regional do Senai, Paulo Antonio Skaf, e o diretor regional do Senai-SP, Luis Carlos de Souza Vieira, além do astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes.
"Na verdade, foi o Marcos Pontes quem nos sugeriu isso _que o Senai poderia fazer essas peças", disse à Folha Gaudenzi.
Pelo acordo, o Senai fabricará um protótipo das peças brasileiras, chamadas de FSEs ("flight support equipments", ou equipamentos de suporte de vôo);, a fim de desenvolver toda a metodologia de fabricação e de controle de qualidade, que então será repassada à indústria para a produção das peças. "O acordo com a Nasa prevê a entrega de cerca de 38 dessas peças", diz Gaudenzi. Em troca do serviço que fará de graça, o Senai ganhará "experiência". "Você calcule que prestígio não será para eles. O Senai vai fazer a peça sem custo, mas passará a ter o carimbo Senai num equipamento que será certificado pela Nasa para uso na estação espacial ", explica Gaudenzi. Pontes, que foi o arquiteto da cooperação e já foi ele mesmo aluno do Senai, concorda. "Eu imagino a motivação para os alunos do Senai ao saber disso. É um dos elementos mais importantes do programa espacial , motivar a juventude a se envolver com as áreas de ciência e tecnologia", pondera o astronauta brasileiro.
O acordo prevê que o Senai deverá entregar o protótipo para certificação pela Nasa (agência espacial americana, responsável pela coordenação do projeto); em até 12 meses. Mas Gaudenzi espera vê-lo mais cedo que isso. "Eles têm até 12 meses para a execução, mas já conversamos para fazer isso mais depressa. Em 12 meses já queremos ter a certificação e começar a abrir a licitação para a fabricação das peças pela indústria." Segundo Pontes, a expectativa é ter os protótipos em 120 dias. "Depois de sete anos esperando, a Nasa vai ficar feliz com a notícia", afirma.
A participação brasileira na ISS é uma grande novela. Acertada em 1997, ela previa a construção de equipamentos no valor de US$ 120 milhões, em troca de tempo de uso da estação em experimentos e o treinamento de um astronauta brasileiro. Mas, em 2002, o governo brasileiro comunicou aos EUA que o Brasil seria incapaz de cumprir os prazos estipulados. Começou então um processo de renegociação do acordo, que reduziu a participação brasileira a equipamentos no valor total de R$ 86 milhões _os tais FSEs (veja quadro acima);.
O acerto da AEB com o Senai é o primeiro passo concreto de cumprimento do acordo.

