ONU discute futuro da exploração espacial
ONU discute futuro da exploração espacial
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília
A tecnologia espacial deve ser mais empregada para beneficiar países em desenvolvimento que enfrentam problemas econômicos e ambientais.Esse foi o mote do discurso do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas);, Kofi Annan, ao abrir a Unispace, última conferência mundial da entidade no século 20.O encontro, que se realiza em Viena até o próximo dia 30, discute a exploração pacífica do espaço. É o primeiro sobre o tema após o fim da Guerra Fria (outros encontros aconteceram em 1968 e em 1982);.Nele, também pela primeira vez na história de conferências mundiais patrocinadas pela ONU, empresas particulares estão presentes como participantes plenos."Essa nova abordagem representa uma mudança fundamental na atitude da ONU e marca o reconhecimento de que os governos deixaram de ser os únicos atores _ou mesmo os mais importantes_ no que se refere a aplicações do uso do espaço", disse o presidente da Áustria, Thomas Klestil.Empresa brasileiraEntre as empresas participantes, há uma brasileira, a Brazsat, especializada na comercialização de serviços espaciais.Seu presidente, João Vaz, participou ontem de painel com o diretor-geral da agência espacial francesa, o vice-presidente da Boeing, o diretor da agência russa que construiu a estação espacial Mir e outros.Vaz defendeu a idéia de que as grandes empresas do setor devem oferecer cursos de capacitação profissional na área via Internet. "Não adianta países em desenvolvimento terem programas espaciais se não conseguirem formar pessoal técnico para trabalhar neles", disse Vaz.No ano passado, a Assembléia Geral da ONU colocou a Brazsat entre as empresas modelares no setor espacial.O embaixador Sérgio de Queiroz Duarte, chefe da delegação do governo brasileiro na conferência, reafirmou o compromisso do país com as atividades espaciais."O Brasil é e continuará a ser um forte usuário do espaço. As atividades espaciais são um fator importante para promover o desenvolvimento social e econômico do país", afirmou ele.Programa espacialCom um dos dez maiores programas espaciais do mundo e 38 anos de tradição na área, o Brasil está entre os países mais influentes da conferência.Duarte disse que faz parte da política brasileira para a área a participação do setor privado nas atividades espaciais.O embaixador listou algumas das prioridades do programa espacial brasileiro: a modernização da base de lançamentos de Alcântara, a finalização dos testes do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites);, a participação na Estação Espacial Internacional e a colocação em órbita de dois satélites construídos com a China.
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília
A tecnologia espacial deve ser mais empregada para beneficiar países em desenvolvimento que enfrentam problemas econômicos e ambientais.Esse foi o mote do discurso do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas);, Kofi Annan, ao abrir a Unispace, última conferência mundial da entidade no século 20.O encontro, que se realiza em Viena até o próximo dia 30, discute a exploração pacífica do espaço. É o primeiro sobre o tema após o fim da Guerra Fria (outros encontros aconteceram em 1968 e em 1982);.Nele, também pela primeira vez na história de conferências mundiais patrocinadas pela ONU, empresas particulares estão presentes como participantes plenos."Essa nova abordagem representa uma mudança fundamental na atitude da ONU e marca o reconhecimento de que os governos deixaram de ser os únicos atores _ou mesmo os mais importantes_ no que se refere a aplicações do uso do espaço", disse o presidente da Áustria, Thomas Klestil.Empresa brasileiraEntre as empresas participantes, há uma brasileira, a Brazsat, especializada na comercialização de serviços espaciais.Seu presidente, João Vaz, participou ontem de painel com o diretor-geral da agência espacial francesa, o vice-presidente da Boeing, o diretor da agência russa que construiu a estação espacial Mir e outros.Vaz defendeu a idéia de que as grandes empresas do setor devem oferecer cursos de capacitação profissional na área via Internet. "Não adianta países em desenvolvimento terem programas espaciais se não conseguirem formar pessoal técnico para trabalhar neles", disse Vaz.No ano passado, a Assembléia Geral da ONU colocou a Brazsat entre as empresas modelares no setor espacial.O embaixador Sérgio de Queiroz Duarte, chefe da delegação do governo brasileiro na conferência, reafirmou o compromisso do país com as atividades espaciais."O Brasil é e continuará a ser um forte usuário do espaço. As atividades espaciais são um fator importante para promover o desenvolvimento social e econômico do país", afirmou ele.Programa espacialCom um dos dez maiores programas espaciais do mundo e 38 anos de tradição na área, o Brasil está entre os países mais influentes da conferência.Duarte disse que faz parte da política brasileira para a área a participação do setor privado nas atividades espaciais.O embaixador listou algumas das prioridades do programa espacial brasileiro: a modernização da base de lançamentos de Alcântara, a finalização dos testes do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites);, a participação na Estação Espacial Internacional e a colocação em órbita de dois satélites construídos com a China.

