Imagens de radar 3D
Imagens de radar 3D
Nasa deve mapear a partir de 1999 áreas menos conhecidas da Terra
MARCELO FERRONI
da Reportagem Local
Imagens tridimensionais do relevo terrestre, de alta definição, obtidas por radares em órbita, é o que a Nasa (agência espacial norte-americana); desenvolveu para mapear regiões ainda desconhecidas do planeta.O sistema será utilizado em uma missão espacial de mapeamento topográfico da Terra, marcada para setembro de 1999.As imagens são chamadas de DEMs, ou Modelos de Elevação Digital, que mostram a topografia da superfície terrestre em cores."Essas imagens podem ser úteis ao planejamento de obras, identificação de obstáculos naturais e exploração de territórios", diz Ellen O'Leary, do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato);, em Pasadena, na Califórnia (EUA);.As imagens também podem ser usadas no estudo das alterações do relevo terrestre. Obtidas em épocas diferentes, podem mostrar modificações causadas por terremotos, erupções vulcânicas e pequenas modificações do ambiente.As imagens tridimensionais são criadas pelo processo denominado interferometria de radar. Cruzamento de imagens Elas são feitas a partir de duas ou mais imagens de radar de uma mesma região, captadas por aparelhos diferentes, ou por passagens consecutivas do mesmo radar pela área analisada.Em seguida, as diferentes leituras são cruzadas. Cada uma das diversas frequências de transmissão, que captam diferentes aspectos do relevo, recebe uma cor específica na produção da imagem.Os dados obtidos pelo radar podem ser comparados também com informações topográficas já existentes. Atualmente, a Nasa e o JPL estudam formas de aumentar a precisão da informação obtida.Os sistemas tradicionais de radar são sensíveis a interferências no relevo, como árvores, edifícios e outros objetos, que cobrem a superfície do solo. Sistemas com diferentes frequências podem evitar essas interferências.O SIR-C/X-SAR é o principal sistema de radar usado para a formação das imagens tridimensionais. O projeto foi desenvolvido pela Nasa com as agências espaciais da Alemanha e da Itália como parte do progama "Missão para o Planeta Terra" _estudo de longo prazo do ambiente terrestre como um sistema global.Transportado por ônibus espaciais, o SIR-C foi utilizado pela primeira vez em 1994, em duas missões da nave Endeavour.Paralelo ao projeto de radares espaciais, a Nasa desenvolveu uma série de radares transportados por aviões. O mais utilizado para as imagens tridimensionais é o sistema Airsar/Topsar. Ambos os sistemas pertencem à geração SAR, sigla para Radar de Abertura Sintética.Nos radares comuns, o comprimento da antena determina a resolução da imagem. Quanto maior a antena, melhor a resolução.O sistema SAR simula uma antena muito longa, ao combinar de forma específica as informações recebidas pelo radar. Assim, a resolução pode ser melhorada.Em artigo publicado pela revista "Science" em dezembro de 1996, pesquisadores relataram possíveis origens de uma curva acentuada do rio Nilo devido a imagens captadas pelo SIR-C na Endeavour. As imagens mostravam que certas formações rochosas, detectadas pelo radar, controlavam o curso do rio ao norte do Sudão.
Nasa deve mapear a partir de 1999 áreas menos conhecidas da Terra
MARCELO FERRONI
da Reportagem Local
Imagens tridimensionais do relevo terrestre, de alta definição, obtidas por radares em órbita, é o que a Nasa (agência espacial norte-americana); desenvolveu para mapear regiões ainda desconhecidas do planeta.O sistema será utilizado em uma missão espacial de mapeamento topográfico da Terra, marcada para setembro de 1999.As imagens são chamadas de DEMs, ou Modelos de Elevação Digital, que mostram a topografia da superfície terrestre em cores."Essas imagens podem ser úteis ao planejamento de obras, identificação de obstáculos naturais e exploração de territórios", diz Ellen O'Leary, do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato);, em Pasadena, na Califórnia (EUA);.As imagens também podem ser usadas no estudo das alterações do relevo terrestre. Obtidas em épocas diferentes, podem mostrar modificações causadas por terremotos, erupções vulcânicas e pequenas modificações do ambiente.As imagens tridimensionais são criadas pelo processo denominado interferometria de radar. Cruzamento de imagens Elas são feitas a partir de duas ou mais imagens de radar de uma mesma região, captadas por aparelhos diferentes, ou por passagens consecutivas do mesmo radar pela área analisada.Em seguida, as diferentes leituras são cruzadas. Cada uma das diversas frequências de transmissão, que captam diferentes aspectos do relevo, recebe uma cor específica na produção da imagem.Os dados obtidos pelo radar podem ser comparados também com informações topográficas já existentes. Atualmente, a Nasa e o JPL estudam formas de aumentar a precisão da informação obtida.Os sistemas tradicionais de radar são sensíveis a interferências no relevo, como árvores, edifícios e outros objetos, que cobrem a superfície do solo. Sistemas com diferentes frequências podem evitar essas interferências.O SIR-C/X-SAR é o principal sistema de radar usado para a formação das imagens tridimensionais. O projeto foi desenvolvido pela Nasa com as agências espaciais da Alemanha e da Itália como parte do progama "Missão para o Planeta Terra" _estudo de longo prazo do ambiente terrestre como um sistema global.Transportado por ônibus espaciais, o SIR-C foi utilizado pela primeira vez em 1994, em duas missões da nave Endeavour.Paralelo ao projeto de radares espaciais, a Nasa desenvolveu uma série de radares transportados por aviões. O mais utilizado para as imagens tridimensionais é o sistema Airsar/Topsar. Ambos os sistemas pertencem à geração SAR, sigla para Radar de Abertura Sintética.Nos radares comuns, o comprimento da antena determina a resolução da imagem. Quanto maior a antena, melhor a resolução.O sistema SAR simula uma antena muito longa, ao combinar de forma específica as informações recebidas pelo radar. Assim, a resolução pode ser melhorada.Em artigo publicado pela revista "Science" em dezembro de 1996, pesquisadores relataram possíveis origens de uma curva acentuada do rio Nilo devido a imagens captadas pelo SIR-C na Endeavour. As imagens mostravam que certas formações rochosas, detectadas pelo radar, controlavam o curso do rio ao norte do Sudão.

