Rússia anuncia vôo do astronauta brasileiro
Rússia anuncia vôo do astronauta brasileiro
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Deve ser fechado até o final deste mês um acordo entre os governos do Brasil e da Rússia para que o astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, faça um vôo até a ISS ( Estação Espacial Internacional); em abril de 2006.
A última rodada de negociações ocorreu durante a visita do presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira);, Sérgio Gaudenzi, à Rússia, na semana passada. Os russos ainda não confirmaram oficialmente ao governo brasileiro a aceitação da proposta, mas Anatoli Perminov, presidente da Roskosmos (agência espacial russa);, declarou à agência oficial Itar-Tass que já havia um acerto para o vôo de Pontes entre 2006 e 2007.
Os russos haviam apontado à AEB duas possibilidades para um vôo em 2006 (ano escolhido por ser o centenário do vôo de Alberto Santos-Dumont com o avião 14bis);. Uma delas viria em abril, outra em outubro. Segundo Marta Carvalho Hummann, do Projeto Microgravidade da AEB (responsável pela concepção de experimentos para foguetes de sondagem suborbitais e vôos orbitais);, a agência dá preferência à primeira. Para realizar o lançamento, a Roskosmos pede US$ 20 milhões. É uma prática comum entre os parceiros no programa da ISS (que reúne EUA, Rússia, Canadá, Japão, Brasil e países europeus); pagar por assentos nas naves Soyuz russas, mesmo quando eles passam por treinamento na Nasa (agência espacial americana);. O astronauta italiano Roberto Vittori, por exemplo, é colega de classe de Pontes no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas. Mas já voou duas vezes até a ISS numa Soyuz, enquanto os ônibus espaciais ficaram fora de circulação, depois do acidente com o Columbia, em fevereiro de 2003.
Os russos esperam fechar o acordo até o final deste mês, segundo a Folha apurou. Caso ele se concretize, Pontes deve ir já em julho para o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Rússia, para iniciar seu treinamento com os sistemas da Soyuz. Na Nasa desde 1998, o brasileiro só recebeu instrução para ser tripulante do ônibus espacial e da ISS, mas não do veículo russo.
Os russos estão condicionando a disponibilidade do assento para o brasileiro numa Soyuz ao retorno aos vôos dos ônibus espaciais americanos. A primeira decolagem depois do acidente com o Columbia deve acontecer entre os dias 13 e 31 de julho, com uma tripulação de sete a bordo do Discovery _a nave já está na plataforma de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Ciência
Com a ida de Pontes à estação espacial , abrem-se as possibilidades para a realização de experimentos brasileiros em órbita. O acerto com os russos permite que o astronauta carregue 15 quilos de experimentos na ida e traga de volta à Terra 5 quilos. "Ainda não temos a contrapartida oficial dos russos, então, oficialmente, ainda nem temos um vôo", afirmou Marta Carvalho Hummann, da AEB. "Não podemos falar com os pesquisadores agora nessas condições", continuou. Até mesmo Pontes foi apanhado de surpresa pelas declarações dos russos. "Eu espero que as negociações entre a Agência Espacial Brasileira e a agência espacial russa tenham sucesso", disse o astronauta à Folha. "Isso vai ser para mim não só a realização de um sonho antigo mas também tenho certeza de que trará muitas coisas boas para o Brasil e para o nosso programa espacial ."
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Deve ser fechado até o final deste mês um acordo entre os governos do Brasil e da Rússia para que o astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, faça um vôo até a ISS ( Estação Espacial Internacional); em abril de 2006.
A última rodada de negociações ocorreu durante a visita do presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira);, Sérgio Gaudenzi, à Rússia, na semana passada. Os russos ainda não confirmaram oficialmente ao governo brasileiro a aceitação da proposta, mas Anatoli Perminov, presidente da Roskosmos (agência espacial russa);, declarou à agência oficial Itar-Tass que já havia um acerto para o vôo de Pontes entre 2006 e 2007.
Os russos haviam apontado à AEB duas possibilidades para um vôo em 2006 (ano escolhido por ser o centenário do vôo de Alberto Santos-Dumont com o avião 14bis);. Uma delas viria em abril, outra em outubro. Segundo Marta Carvalho Hummann, do Projeto Microgravidade da AEB (responsável pela concepção de experimentos para foguetes de sondagem suborbitais e vôos orbitais);, a agência dá preferência à primeira. Para realizar o lançamento, a Roskosmos pede US$ 20 milhões. É uma prática comum entre os parceiros no programa da ISS (que reúne EUA, Rússia, Canadá, Japão, Brasil e países europeus); pagar por assentos nas naves Soyuz russas, mesmo quando eles passam por treinamento na Nasa (agência espacial americana);. O astronauta italiano Roberto Vittori, por exemplo, é colega de classe de Pontes no Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas. Mas já voou duas vezes até a ISS numa Soyuz, enquanto os ônibus espaciais ficaram fora de circulação, depois do acidente com o Columbia, em fevereiro de 2003.
Os russos esperam fechar o acordo até o final deste mês, segundo a Folha apurou. Caso ele se concretize, Pontes deve ir já em julho para o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Rússia, para iniciar seu treinamento com os sistemas da Soyuz. Na Nasa desde 1998, o brasileiro só recebeu instrução para ser tripulante do ônibus espacial e da ISS, mas não do veículo russo.
Os russos estão condicionando a disponibilidade do assento para o brasileiro numa Soyuz ao retorno aos vôos dos ônibus espaciais americanos. A primeira decolagem depois do acidente com o Columbia deve acontecer entre os dias 13 e 31 de julho, com uma tripulação de sete a bordo do Discovery _a nave já está na plataforma de lançamento do Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Ciência
Com a ida de Pontes à estação espacial , abrem-se as possibilidades para a realização de experimentos brasileiros em órbita. O acerto com os russos permite que o astronauta carregue 15 quilos de experimentos na ida e traga de volta à Terra 5 quilos. "Ainda não temos a contrapartida oficial dos russos, então, oficialmente, ainda nem temos um vôo", afirmou Marta Carvalho Hummann, da AEB. "Não podemos falar com os pesquisadores agora nessas condições", continuou. Até mesmo Pontes foi apanhado de surpresa pelas declarações dos russos. "Eu espero que as negociações entre a Agência Espacial Brasileira e a agência espacial russa tenham sucesso", disse o astronauta à Folha. "Isso vai ser para mim não só a realização de um sonho antigo mas também tenho certeza de que trará muitas coisas boas para o Brasil e para o nosso programa espacial ."

