China planeja lançar sua primeira missão tripulada no mês que vem
Nave Shenzhou-5 pode partir já com duas pessoas
China planeja lançar sua primeira missão tripulada no mês que vem
SALVADOR NOGUEIRA DA REPORTAGEM LOCAL
A China tem planos de enviar dois ocupantes em sua primeira missão espacial tripulada. A nave Shenzhou-5 já está sendo preparada para levar a bordo não só seu comandante, mas também um engenheiro de vôo. O lançamento deve ocorrer em outubro, provavelmente entre os dias 10 e 15. A idéia é aproveitar a comemoração dos 53 anos da Revolução Comunista no país, em 1º de outubro, para marcar sua inclusão no clube das nações capazes de enviar homens ao espaço. Atualmente, apenas Rússia e Estados Unidos têm veículos tripulados qualificados para vôo.
Ambos entraram no filão em 1961, mas nos dois casos as missões foram de um homem só. Se a China prosseguir com os planos, deve se tornar o primeiro país a enviar, dois tripulantes no vôo inaugural. A Shenzhou ("nave sagrada", em chinês); é composta por três módulos, todos não-reutilizáveis, numa configuração que lembra a Soyuz russa. Embora alguns sugiram que a nave chinesa seja apenas uma cópia, a melhor palavra para descrevê-la seria "evolução". O design chinês conta com quatro painéis solares, em lugar dos dois da Soyuz. Oferece autonomia para o módulo orbital, que pode continuar no espaço meses após o retorno dos tripulantes, feito com a cápsula de reentrada. O sistema de computadores é mais moderno que o da última versão da Soyuz, e as dimensões da nave são maiores. Os quatro motores do módulo de serviço da Shenzhou também são mais poderosos.
Oficialmente aprovado em 1993, o projeto de desenvolvimento da Shenzhou já passou por quatro testes não-tripulados, de 1999 a 2002. Segundo a China, os sistemas funcionaram perfeitamente durante esses ensaios. Todos os lançamentos foram feitos a partir de um centro de lançamento na Província de Jiangsu, noroeste da China. As quase oito toneladas dos três módulos da Shenzhou serão levadas ao espaço pelo foguete Longa Marcha-2F. O plano para o vôo da Shenzhou-5 é conservador. Três a sete dias no espaço, na maioria voltados para a validação de instrumentos e a observação da Terra. Conforme o programa prosseguir, missões mais e mais complexas ocorrerão. A idéia é capacitar os chineses à condução de operações rotineiras em órbita terrestre baixa, a mesma que é ocupada pela ISS (Estação Espacial Internacional);, numa faixa que vai dos 300 aos 1.000 km de altitude.
O fim de Galileo
A sonda espacial norte-americana Galileo terminou ontem sua missão de 14 anos com um mergulho suicida na atmosfera de Júpiter, a mais de 170 mil quilômetros por hora. Foi destruída pelo calor do atrito com as nuvens. Os últimos sinais da nave, que produziu imagens inéditas do Sistema Solar, chegaram à Terra por volta das 17h no Brasil, 52 minutos após a destruição.
China planeja lançar sua primeira missão tripulada no mês que vem
SALVADOR NOGUEIRA DA REPORTAGEM LOCAL
A China tem planos de enviar dois ocupantes em sua primeira missão espacial tripulada. A nave Shenzhou-5 já está sendo preparada para levar a bordo não só seu comandante, mas também um engenheiro de vôo. O lançamento deve ocorrer em outubro, provavelmente entre os dias 10 e 15. A idéia é aproveitar a comemoração dos 53 anos da Revolução Comunista no país, em 1º de outubro, para marcar sua inclusão no clube das nações capazes de enviar homens ao espaço. Atualmente, apenas Rússia e Estados Unidos têm veículos tripulados qualificados para vôo.
Ambos entraram no filão em 1961, mas nos dois casos as missões foram de um homem só. Se a China prosseguir com os planos, deve se tornar o primeiro país a enviar, dois tripulantes no vôo inaugural. A Shenzhou ("nave sagrada", em chinês); é composta por três módulos, todos não-reutilizáveis, numa configuração que lembra a Soyuz russa. Embora alguns sugiram que a nave chinesa seja apenas uma cópia, a melhor palavra para descrevê-la seria "evolução". O design chinês conta com quatro painéis solares, em lugar dos dois da Soyuz. Oferece autonomia para o módulo orbital, que pode continuar no espaço meses após o retorno dos tripulantes, feito com a cápsula de reentrada. O sistema de computadores é mais moderno que o da última versão da Soyuz, e as dimensões da nave são maiores. Os quatro motores do módulo de serviço da Shenzhou também são mais poderosos.
Oficialmente aprovado em 1993, o projeto de desenvolvimento da Shenzhou já passou por quatro testes não-tripulados, de 1999 a 2002. Segundo a China, os sistemas funcionaram perfeitamente durante esses ensaios. Todos os lançamentos foram feitos a partir de um centro de lançamento na Província de Jiangsu, noroeste da China. As quase oito toneladas dos três módulos da Shenzhou serão levadas ao espaço pelo foguete Longa Marcha-2F. O plano para o vôo da Shenzhou-5 é conservador. Três a sete dias no espaço, na maioria voltados para a validação de instrumentos e a observação da Terra. Conforme o programa prosseguir, missões mais e mais complexas ocorrerão. A idéia é capacitar os chineses à condução de operações rotineiras em órbita terrestre baixa, a mesma que é ocupada pela ISS (Estação Espacial Internacional);, numa faixa que vai dos 300 aos 1.000 km de altitude.
O fim de Galileo
A sonda espacial norte-americana Galileo terminou ontem sua missão de 14 anos com um mergulho suicida na atmosfera de Júpiter, a mais de 170 mil quilômetros por hora. Foi destruída pelo calor do atrito com as nuvens. Os últimos sinais da nave, que produziu imagens inéditas do Sistema Solar, chegaram à Terra por volta das 17h no Brasil, 52 minutos após a destruição.

