Nasa discute missão de astronauta brasileiro
Nasa discute missão de astronauta brasileiro
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília
As agências espaciais do Brasil (AEB); e dos EUA (Nasa); estão estudando a data para a primeira missão de um astronauta brasileiro, o major da Aeronáutica Marcos Cesar Pontes, que está há um ano em treinamento nos EUA.O presidente da AEB, Luiz Gylvan Meira Filho, disse ontem que há três possibilidades: Pontes pode ajudar a montar a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês);, participar de um dos vôos científicos da estação ou, mais provável, integrar uma das missões com objetivo de desenvolver pesquisas do interesse do Brasil.AEB e Nasa também discutem quando serão abertas as inscrições para o processo de seleção do segundo astronauta brasileiro.Meira Filho e o principal administrador da Nasa para assuntos internacionais, John Schumacher, examinaram esses e outros aspectos da participação do Brasil na ISS ontem em Brasília.Schumacher também esteve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg.Sua vinda ao Brasil ocorreu depois que Sardenberg comunicou, na sexta-feira passada, oficialmente à Nasa que o país vai cumprir os compromissos que assumiu em 1997 com a ISS.A participação do Brasil no projeto estava ameaçada devido a problemas orçamentários. A Nasa chegou a publicar via Internet pedido de informações a empresas norte-americanas interessadas em assumir o principal equipamento que o Brasil ficara de entregar para a estação.Schumacher, em resposta a pergunta da Folha ontem, negou que a Nasa tivesse tratado o Brasil com "dureza" devido ao atraso da liberação de verbas.Segundo ele, o palete expresso, uma espécie de contêiner que vai levar material para experimentos científicos na ISS, é vital para o projeto e, se o Brasil atrasasse sua entrega, todo o cronograma ficaria comprometido. Por isso, a Nasa precisava de um plano de contingência, caso o país não resolvesse seus problemas orçamentários em tempo.Meira Filho afirmou que a AEB não se sentiu tratada com dureza pela Nasa e que técnicos das duas agências se mantiveram em contato permanente no processo.A participação do Brasil custará entre US$ 120 milhões e US$ 150 milhões ao longo de cinco anos, menos do que o país paga por dia em juros da dívida interna.Calcula-se que 80% desse dinheiro ficará no próprio país, em pagamentos a empresas que fornecerão as partes dos equipamentos fornecidos pelo Brasil.Em troca dos equipamentos que fornecerá, o país poderá realizar experiências científicas de seu interesse a bordo da ISS.Além disso, terá a oportunidade de se integrar a projetos com os outros 15 países (EUA, Rússia, Japão, Canadá e 11 da Europa); que estão no projeto da ISS.A viagem do major Pontes também faz parte da contrapartida ao Brasil pela sua participação.O custo total do projeto está estimado em US$ 60 bilhões. A montagem da ISS deve terminar em 2004. A primeira tripulação vai ser enviada em abril. Será formada por dois russos e um norte-americano, que usarão uma nave Soyuz (russa);. Sua manutenção anual custará US$ 1,2 bilhão.
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
da Sucursal de Brasília
As agências espaciais do Brasil (AEB); e dos EUA (Nasa); estão estudando a data para a primeira missão de um astronauta brasileiro, o major da Aeronáutica Marcos Cesar Pontes, que está há um ano em treinamento nos EUA.O presidente da AEB, Luiz Gylvan Meira Filho, disse ontem que há três possibilidades: Pontes pode ajudar a montar a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês);, participar de um dos vôos científicos da estação ou, mais provável, integrar uma das missões com objetivo de desenvolver pesquisas do interesse do Brasil.AEB e Nasa também discutem quando serão abertas as inscrições para o processo de seleção do segundo astronauta brasileiro.Meira Filho e o principal administrador da Nasa para assuntos internacionais, John Schumacher, examinaram esses e outros aspectos da participação do Brasil na ISS ontem em Brasília.Schumacher também esteve com o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg.Sua vinda ao Brasil ocorreu depois que Sardenberg comunicou, na sexta-feira passada, oficialmente à Nasa que o país vai cumprir os compromissos que assumiu em 1997 com a ISS.A participação do Brasil no projeto estava ameaçada devido a problemas orçamentários. A Nasa chegou a publicar via Internet pedido de informações a empresas norte-americanas interessadas em assumir o principal equipamento que o Brasil ficara de entregar para a estação.Schumacher, em resposta a pergunta da Folha ontem, negou que a Nasa tivesse tratado o Brasil com "dureza" devido ao atraso da liberação de verbas.Segundo ele, o palete expresso, uma espécie de contêiner que vai levar material para experimentos científicos na ISS, é vital para o projeto e, se o Brasil atrasasse sua entrega, todo o cronograma ficaria comprometido. Por isso, a Nasa precisava de um plano de contingência, caso o país não resolvesse seus problemas orçamentários em tempo.Meira Filho afirmou que a AEB não se sentiu tratada com dureza pela Nasa e que técnicos das duas agências se mantiveram em contato permanente no processo.A participação do Brasil custará entre US$ 120 milhões e US$ 150 milhões ao longo de cinco anos, menos do que o país paga por dia em juros da dívida interna.Calcula-se que 80% desse dinheiro ficará no próprio país, em pagamentos a empresas que fornecerão as partes dos equipamentos fornecidos pelo Brasil.Em troca dos equipamentos que fornecerá, o país poderá realizar experiências científicas de seu interesse a bordo da ISS.Além disso, terá a oportunidade de se integrar a projetos com os outros 15 países (EUA, Rússia, Japão, Canadá e 11 da Europa); que estão no projeto da ISS.A viagem do major Pontes também faz parte da contrapartida ao Brasil pela sua participação.O custo total do projeto está estimado em US$ 60 bilhões. A montagem da ISS deve terminar em 2004. A primeira tripulação vai ser enviada em abril. Será formada por dois russos e um norte-americano, que usarão uma nave Soyuz (russa);. Sua manutenção anual custará US$ 1,2 bilhão.

