Hubble capta galáxias no limite do Universo

Imagens teriam 12 bilhões de anos Hubble capta galáxias no limite do Universo
da "Reuters"

O telescópio espacial Hubble, da Nasa (agência espacial dos EUA); detectou imagens de galáxias a uma distância estimada em 12 bilhões de anos-luz, a maior já obtida de corpos celestes, segundo afirmaram astrônomos da Universidade do Arizona ontem.Há uma probabilidade, segundo os astrônomos, de que as galáxias tenham sido formadas logo depois do nascimento do Universo.Sua distância é considerada tão grande que foram precisos 12 bilhões de anos para que suas imagens chegassem ao telescópio espacial, em órbita na Terra."Essas galáxias são as mais distantes já visualizadas por nós", disse Rodger Thompson, pesquisador da Universidade do Arizona, que liderou o estudo. "Essa é só uma de nossas primeiras tentativas de identificar as partes mais remotas do Universo e de entender suas origens", disse ele.Segundo Alan Dressler, dos Observatórios Carnegie, em Pasadena, Califórnia, "o que vimos pode ser a imagem momentos após o início da formação do Universo".Thompson disse acreditar que as galáxias sejam de uma época em que o Universo tinha apenas 5% de sua idade atual. A idade do Universo ainda é incerta para os pesquisadores. Thompson estima que ela seja de aproximadamente 13 bilhões de anos.As imagens dos galáxias têm definição tão precária que será necessária a finalização de telescópios mais desenvolvidos para a melhor exploração desses objetos.O Hubble foi posto em órbita em abril de 1990, a 580 km de altitude. Os dados coletados pelo telescópio espacial possibilitaram várias descobertas. Entre elas, a de que o Universo é mais velho do que se imaginava.Seu funcionamento inicial foi prejudicado por um defeito, que só foi consertado por uma missão do ônibus espacial Endeavour, em dezembro de 1993.Com uma vida útil prevista para 15 anos, o projeto do Hubble já consumiu mais de US$ US$ 2,8 bilhões.